O preço médio para adquirir os 38 produtos pesquisados todos os meses, desde 2019, pela Folha do Mate, teve queda em dezembro na comparação com o mês anterior. Na pesquisa feita na segunda-feira, 6, o valor médio total ficou em R$ 373,24, o que representa 1,52% a menos que novembro, quando a lista custava R$ 379.
Em dezembro, 22 itens tiveram queda, 11 registraram acréscimo e cinco permaneceram iguais. Por outro lado, na comparação com o mesmo mês, em 2020, a média corresponde a 11,4% a mais, já que o valor era de R$ 335 naquela época.
Os itens com quedas significativas neste mês foram a batata, que teve um percentual de 60,9% de redução, passando de R$ 5,24 o preço médio do quilo para R$ 3,19; e o tomate, que passou de R$ 9,32 o quilo, em novembro, para R$ 6,92 em dezembro, uma diferença de 34,68%.
Queijo, presunto e mortadela foram produtos que apresentaram variação frequente no preço médio ao longo do ano. Essa diferença se dá, principalmente, porque um dos supermercados pesquisados adotou, no início da pandemia de Covid-19, e permanece ainda, a prática de vender os produtos somente em embalagens fechadas, o que acarreta aumento do valor médio dos itens. De qualquer forma, levam-se em conta marcas com valores mais baixos.
Outro item com acréscimo em dezembro é o preço médio do quilo do açúcar, que teve uma diferença de 4,1%. O valor do quilo é de R$ 4,99, enquanto que no mês passado era R$ 4,79. Na comparação com o mesmo mês em 2020, a diferença é de 59,11%, já que no ano passado custava R$ 2,95.
CAFÉ SEGUE EM ALTA
Desde junho deste ano, o preço do café começou a apresentar aumento gradativo. Para se ter uma ideia, na comparação com dezembro do ano passado, o incremento no preço médio corresponde a 62,9%, já que passou de R$ 11,28 para R$ 17,93 a média do pacote de 500 gramas.
A diferença pesa no bolso dos consumidores, seja para as famílias ou empresas que adquirem em quantidades maiores. Na casa dos aposentados Valdir e Lisane Möhler, moradores do bairro Aviação, a estratégia de economia utilizada é estarem sempre atentos às promoções dos supermercados. No caso do café, eles dizem que consomem pouco, por isso não notaram tanto a diferença. “O pouco que consumimos, sempre buscamos onde o preço está mais baixo”, ressalta Lisane. Para os demais itens, não é diferente. O casal diz que notou muita diferença nos últimos meses nos preços do açúcar, carne, óleo, farinha de trigo e todos os derivados do leite. “A estratégia é sempre procurar as promoções, temos que ir em vários mercados”, afirma.
Nos estabelecimentos que têm um consumo maior, seja na térmica sempre abastecida para oferecer aos clientes, no caso de comércio e serviços, ou para o consumo dos profissionais que atuam em áreas mais administrativas, como escritórios, o valor do café foi um dos itens com diferença significativa no orçamento nos últimos meses. Na Folha do Mate, por exemplo, o consumo de café para os funcionários durante o turno de trabalho é de 10 quilos por mês, aproximadamente, o que corresponde a um gasto mensal, nos valores de hoje, de cerca de R$ 360. No ano passado, o investimento era de cerca de R$ 225 por mês.
Leia mais:
Maiores empresas de Venâncio são agraciadas durante lançamento da revista Perfil