Venâncio Aires foi o município da região que mais contratou em abril

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Venâncio Aires foi o único município da região com saldo positivo de empregos, em abril. O município também foi o que mais contratou, no mês passado, em todo o Vale do Rio Pardo. Os dados, divulgados nesta semana, pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam um saldo de 323 empregos formais: foram 770 demissões no mês e 1.093 admissões.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Claudio Soares, apesar de o aumento nas contratações ser uma característica dos primeiros meses do ano, pela safra na indústria de beneficiamento do tabaco, algumas ações do Poder Público foram fundamentais para garantir que as admissões continuassem, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.

“Consideramos o setor tabacaleiro como essencial, a partir de uma interpretação da legislação, considerando o setor dentro da cadeia produtiva de alimentos”, explica. “Foi uma decisão bastante discutida, mas que permitiu que as empresas não encerrassem as atividades durante a pandemia e continuassem contratando. Em outros municípios, como Santa Cruz do Sul, que também tem a sazonalidade dos empregos nesta época, isso não aconteceu”, exemplifica.

Além das contratações, que continuaram em abril, outro efeito positivo destacado pelo secretário é que não ocorreram demissões em massa em Venâncio. “Não tivemos um aumento considerável no número de demissões nesse período. Atribuímos isso ao trabalho de fortalecimento de setores essenciais, com o objetivo de preservar as condições de faturamento dessas empresas”, comenta.

Planejamento

De acordo com ele, antes mesmo de serem registrados os primeiros casos de Covid-19 na região, a Prefeitura mapeou as principais cadeias produtivas do município, incluindo a de proteína animal e da erva-mate, para incentivar a continuidade e evitar demissões.
“Em um trabalho conjunto com a secretaria da Saúde, foi apresentado um mapeamento de risco das operações e dialogado com os empresários, que continuassem operando”, comenta. Ao mesmo tempo, algumas empresas do setor de vestuário tiveram uma reengenharia de produção, passando a produzir máscaras e jalecos, o que possibilitou que seguissem operando.

“Sabemos que ainda teremos dois ou três meses com saldo positivo, o que garante um fôlego para o fortalecimento de outras empresas, para retomar as atividades e contratar”, observa Soares. De acordo com ele, um primeiro passo para isso será a apresentação do Plano de Recuperação Econômica ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “A partir disso, realizaremos encontros setoriais com os empresários. Pela primeira vez, vamos incluir, também, os empreendimentos turísticos e de tecnologia e inovação.”

 



Juliana Bencke

Juliana Bencke

Editora de Cadernos, responsável pela coordenação de cadernos especiais, revistas e demais conteúdos publicitários da Folha do Mate

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