Duas empresas diretamente atingidas pela tragédia climática de maio de 2024 em Venâncio Aires estão contempladas no programa estadual Fundo Operação Empresa do Rio Grande do Sul (Fundopem), modalidade Recupera – dedicada a empreendimentos atingidos pela enchente. A Venax Eletrodomésticos, localizada na parte baixa da cidade e impactada pelas águas do Arroio Castelhano, e a Granja Avícola Bom Frango, de Linha Picada Nova, que foi afetada com o avanço do Rio Taquari, são as contempladas.
A informação foi confirmada pela reportagem junto à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, que tem como titular Ernani Polo. O programa é um incentivo à indústria a partir do apoio por meio do financiamento parcial do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incremental devido e gerado a partir da operação. O programa não libera recursos financeiros para o empreendimento.
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A Venax Eletrodomésticos teve aprovação de R$ 32 milhões e a Bom Frango de R$ 5,5 milhões. Além disso, segundo a assessoria de imprensa da secretaria, outras duas empresas da Capital do Chimarrão estão na lista e aguardam aprovação do Governo do Estado.
Importância
Segundo o diretor da Venax, Walter Bergamaschi, o programa é uma ajuda para os investimentos necessários após as perdas consideráveis com a enchente de maio. “Não é de grande expressão, mas é importante para a recuperação. Vem em boa hora”, destaca. Bergamaschi diz que, por um período de seis anos, todos os investimentos que ocorrerem na recuperação e expansão são contemplados com esse percentual.
O contador da Bom Frango, Rodrigo dos Santos, explica que a empresa usufrui do benefício desde o mês passado. Segundo ele, o incentivo visa reduzir em 27% do valor devido de ICMS no mês, o que varia muito na granja avícola. “O benefício auxilia no fluxo de caixa, já que deixamos de pagar este valor ao Estado.”
Prazos
O primeiro prazo para adesão terminou em 30 de junho, mas foi estendido até 31 de dezembro deste ano, dando outra oportunidade para as empresas interessadas. O Fundopem Recupera fechou o primeiro semestre com 39 projetos aprovados, com investimentos de R$ 1,1 bilhão. Outras 121 propostas ainda estão em fase de análise.
