O combate ao Aedes aegypti tem sido um assunto muito debatido nas últimas semanas, principalmente por causa do aumento de focos do mosquito em Mato Leitão. Uma das ações desenvolvidas pela agente de endemias da Cidade das Orquídeas, Tatiana Raquel dos Santos Jacobi, foi visitar as escolas para entregar fôlderes informativos e pedir que o assunto fosse trabalhado com os alunos.
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ireno Bohn, do Centro, a temática começou a ser inserida nas atividades pedagógicas. Um exemplo são os exercícios propostos pela professora Julia Cristina Siencia aos alunos da turma do 5º ano. As ações começaram a ser realizadas há cerca de duas semanas e envolvem elementos multimídia, textos e atividades práticas.
Ela explica que, em um primeiro momento, enviou vídeos que abordavam como o mosquito se desenvolve e contamina as pessoas. Os 24 estudantes da turma, que têm entre 10 e 11 anos, também tiveram como tarefa ler um texto sobre o combate ao Aedes aegypti, fazer um caça-palavras e compartilhar com os familiares as informações que eles tinham aprendido. Julia ainda pediu que os alunos, com o auxílio da família, procurassem na casa deles, possíveis criadouros do mosquito.
“Eles enviaram fotos procurando lugares que poderiam ser focos do mosquito e mostrando o fôlder para a família. Foi bem legal o retorno deles”, relata a educadora. Cada aluno ganhou um fôlder com orientações e as atividades. Outro exercício realizado com a turma do 5º, dessa vez relacionado à Língua Portuguesa, foi a criação de históricas em quadrinhos. “Foram bem legais as histórias deles, vieram muito caprichadas. Surpreenderam”, comenta a professora.
Continuação das ações de combate ao Aedes
Com o retorno das aulas presenciais nesta semana, a temática continuará sendo trabalhada durante as aulas. Julia conta que as histórias em quadrinhos estão sendo apresentadas pelos alunos e depois elas serão expostas na escola para que outras turmas possam vê-las. A professora ainda ressalta que o apoio da família durante essas ações foi muito importante. “Elas estão de parabéns pelo trabalho, porque estão sendo muito parceiras.”
Para a professora do 5º ano, a importância de realizar essas atividades com os estudantes têm o mesmo propósito que motivou a agente de endemias a procurar as escolas do município. “Acho que é o que faz a diferença. O adulto não se dá muito ao trabalho de mudar, mas quando a criança puxa a frente ele vai fazer para que a criança veja ele como um exemplo”, reflete.
Ela ainda observa que só será possível ter uma sociedade melhor se cada um fizer a sua parte. “Na ingenuidade da atividade, eles acabaram com vários focos que ninguém nunca tinha dado importância”, avalia.
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