Aulas de artes, teatro, música ou culinária auxiliam no desenvolvimento do potencial criativo dos estudantes, desde os primeiros anos. Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Yolita da Cruz Portella, as crianças são rodeadas de criatividade. A professora e vice-diretora Marciane Fátima da Veiga, mais conhecida por Fátima, sempre recebe os alunos com uma historinha ou uma brincadeira diferente.
De acordo com a educadora, o incentivo para criar deve ser muito presente na fase até os 6 anos. “É nesta fase que eles precisam trabalhar com a mente e o corpo. Tudo que ele aprender vai ajudar na alfabetização. Um aluno que ouve muitas histórias, faz dramatização, pinta, canta e dança, vai ter facilidade em imaginar e criar textos”, explica.
Ela também destaca que crianças que têm contato com manifestações artísticas tendem a ter mais desenvoltura, na fase adulta. “No futuro, serão pessoas decididas e com mais conhecimentos.”
No último ano, a professora desenvolveu um projeto em torno do livro ‘O pequeno príncipe’, com a turma do Nível III. Nos primeiros meses, o contato com o príncipe era apenas pela imaginação, porque as crianças não viam a imagem do menino. “Era muito legal ver eles pensando e discutindo entre si como ele seria. Isso instiga a criatividade.”
Todo mês, as crianças recebiam uma carta e tinham que procurar a mala do príncipe para encontrá-la. Em cada carta, uma surpresa diferente. “O pequeno príncipe mandou flores para os alunos e nós plantamos na frente da escola, com a ajuda deles”, conta. Fátima também auxiliou os alunos na confecção de capas, coroas e cavalos inspirados no livro. “Na história tem um vulcão, então fizemos um vulcão de barro para eles entenderem como funciona.”
Conforme a professora, a escola também estimula as atividades fora da sala de aula. Em 2019, foram plantadas árvores frutíferas na Emei. “É muito importante o contato da criança com a natureza. Só conhecendo eles vão aprender a respeitá-la.”
Brincadeiras com tinta, areia e barro também são comuns. “Eles brincam livres no barro. Esse contato é muito rico. Depois, eles mesmos vão até as torneiras e se limpam. Aprendem a brincar em grupo, a criar e ainda a ter responsabilidade”, ressalta.