O Governo do Estado realizou uma pesquisa eletrônica com 441 municípios sobre a retomada das aulas. Com participação predominante da rede municipal de ensino, a consulta pública recebeu 759 respostas, com propostas para o reinício das atividades presenciais no Rio Grande do Sul.
Na consulta, que contou com quatro sugestões, o modelo mais votado, com 89,5%, foi a retomada do ensino presencial em cinco etapas. Os ensinos Médio e Técnico seriam os primeiros a retomar as atividades. Em seguida, os anos finais do Fundamental (do 6° ao 9° ano), os iniciais do Fundamental (do 1° ao 5° ano), o Superior e, por último, a Educação Infantil (creche e pré-escola).
A pesquisa, também solicitou que as instituições montassem o cenário que, na visão de cada uma, é ideal para a retomada do ensino presencial. O retorno do Ensino Superior foi o mais solicitado para ser a primeira etapa, seguido dos ensinos Médio e Técnico, depois Fundamental (anos finais e após anos iniciais) e, por último, a retomada da Educação Infantil.
Outro pedido das entidades é sobre ter aulas em turno único, até mesmo para a Educação Infantil e Ensino Médio, que frequentavam as escolas no modelo de turno integral.
Ao divulgar os resultados na quinta-feira, 30 de julho, o governador Eduardo Leite comentou que é um assunto que preocupa as pessoas, principalmente famílias da Educação Infantil, porém reforçou que a melhor solução é ouvir a população. “A pesquisa nos ajuda a identificar como a retomada do ensino presencial está sendo vista.”
A decisão a respeito da retomada do ensino presencial ainda não está tomada. O Governo do Estado segue debatendo internamente a questão, com as equipes técnicas, prefeitos e entidades que representam a educação. As sugestões foram catalogadas por uma equipe que atua junto ao Comitê de Dados e serão analisadas por um grupo de especialistas da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), com apoio das secretarias de Educação (Seduc) e da Saúde (SES).
MUNICÍPIO
Em Venâncio Aires, a secretária municipal de Educação, Alice Theis, reforçou que não tem data prevista para o retorno das atividades presenciais nas escolas, pois o município aguarda a decisão do Governo do Estado. “Estamos nas mãos do governo, quando eles decidirem vamos nos reunir para resolver a questão municipal.”
A educação movimenta, no Rio Grande do Sul, mais de 2,5 milhões de pessoas, desde a pré-escola à pós-graduação. Esse contingente representa cerca de 20% da sociedade gaúcha.
*Com informações do Governo do Estado
