Para a secretária de Educação de Venâncio Aires, Alice Theis, a proposta do Governo do Estado também causou surpresa. Em entrevista ao programa Terra em Meia Hora, da Rádio Terra FM, ontem, ela lembrou que, mesmo que as escolas públicas e privadas já estejam se preparando para isso, por meio dos Planos de Contingência, oficialmente, não há nenhuma data prevista para a retomada das aulas presenciais. “A gente tem saudade do retorno das aulas, dos alunos e professores e do movimento da escola, mas temos a convicção de que devemos voltar com segurança, e isto ainda não é garantido”, avaliou.
Na visão da secretária, o retorno da Educação Infantil é o principal desafio. “Como fazer para que as crianças mantenham a distância entre si e sigam os protocolos? Esta será uma grande dificuldade”, argumentou, ao citar que, no entendimento da secretaria e de órgãos representativos como União dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme) e União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/RS), a Educação Infantil deveria ser o último nível de ensino a voltar às atividades presenciais.
Organização
Apesar de não haver data definida para o retorno das aulas presenciais, Alice Theis reafirmou que o Município tem um Plano de Contingência elaborado e já comprou materiais e equipamentos de proteção necessários. Um aspecto já definido, de acordo com ela, é de que o retorno será em formato híbrido. A ideia é que parte dos alunos tenha aula em uma semana e, na outra, siga realizando os trabalhos de casa, como tem acontecido.
“Os protocolos não permitem que os alunos se encontrem no pátio, circulem nos corredores ou estejam no refeitório ao mesmo tempo, por isso, é impossível retornar com a totalidade dos estudantes”, disse.
Outro fator salientador pela secretária de Educação é que há vários profissionais da rede de ensino que fazem parte do grupo de risco, o que também precisa ser avaliado para viabilizar o retorno. “Provemos todos os materiais para a volta, independentemente de quando for, porém a parte mais difícil é o respeito aos recursos humanos e prover destes recursos para colocar todos em segurança.”
LEIA MAIS: Famurs se reúne com demais representantes para debater a decisão do Governo do Estado
