Escolas de Venâncio crescem no Ideb, com o melhor desempenho desde 2005

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Por Leonardo Pereira e Juliana Bencke

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que apontam resultados para os níveis iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das escolas estaduais, municipais e privadas. Com média acima do estado e do país, Venâncio Aires teve um avanço nos números dos anos iniciais (1º ao 5º ano), quando comparado ao último Ideb, de 2021. Por outro lado, há uma queda no rendimento do Ensino Médio.

Nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º), Venâncio Aires conquistou a avaliação de 6,7 na rede estadual e 6,5 na municipal – na pesquisa de 2021, os dados apontavam para 6,3 e 6,5, respectivamente. Já nos anos finais (6º ao 9º ano), houve crescimento no desempenho das escolas municipais (de 5,2 para 5,4), além de uma estabilização na rede estadual, com 5,4.

Melhor desde 2005

O desempenho das escolas municipais e estaduais de Venâncio foi o melhor desde que o Ideb foi criado, em 2005. Nos anos iniciais, passou de 4,3 para 6,5 na rede municipal e para 6,7 da rede estadual. Nas séries finais, foi de 3,8 para 5,4 nas séries finais do Ensino Fundamental das instituições municipais e 5,4 nas estaduais.

Para o secretário municipal de Educação, Émerson Eloi Henrique, o crescimento representa um marco. “É uma soma de vários fatores para o bom resultado. Desde investimento de mais de 300 vagas na Educação Infantil, que é a base, remodelagem na formação dos professores, ampliação do turno de planejamento, incentivo a pesquisa e inovação, robótica, notebooks e chromebooks em sala de aula, reformas nas escolas, entre outros fatores que vem dando resultado e estamos colhendo frutos”, destacou, em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1.

Ao todo, a rede municipal conta com 32 escolas e 5 mil alunos, sendo 3,5 mil estudantes das 18 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs). O secretário explica que os números trazem uma série de informações e, ainda, geram recursos financeiros ao Município por repasses estaduais e federais.

Ensino Médio

Já no Ensino Médio, apenas quatro escolas da Capital do Chimarrão tiveram dados divulgados no Ideb, sendo a EEEM Sebastião Jubal Junqueira, de Vila Deodoro, com nota 5,2 – um crescimento de 0,7 em comparação com a pesquisa anterior, o principal destaque da pesquisa.

De forma geral, há resultado negativo para o Ensino Médio. A rede estadual caiu de 4,8 para 4,6. Com relação à rede federal, que contempla o campus do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), não foram divulgados dados referentes a 2023.

Melhor desempenho está nos anos iniciais

Venâncio Aires apresenta os melhores índices do Ideb nos anos iniciais do Fundamental. A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Judas Tadeu, do bairro Grão-Pará, que conta com turno integral, é o grande destaque, com 7,8 de média, seguida pela Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cônego Albino Juchem, com 7,4, do Centro, e Escola Municipal Cívico-militar de Ensino Fundamental Cidade Nova, do bairro Cidade Nova, com 7,3.

Na categoria que analisa os anos finais do Ensino Fundamental, a Emef Professora Odila Rosa Scherer, do bairro União, lidera o ranking, com média de 6,5, seguida pelas EEEMs Cônego Albino Juchem e Monte das Tabocas, do Centro, com 5,8. O crescimento, comparado a 2021, também chama a atenção na Odila, com 1,4 ponto acima, de 5,1 para 6,5.

Para a diretora da Escola Odila Rosa Scherer, Márcia Hickmann, os dados reforçam o esforço dos professores em oferecer diferentes recursos para que o aluno aprenda, com trabalhos interdisciplinares, projetos, pesquisas e manifestações dos alunos na construção de conceitos. “Um trabalho coletivo, com a parceria família e escola, pois todos somos responsáveis e nesta corrente de trabalho, cada um protagoniza”, destaca.

Márcia enfatiza que a escola busca oportunizar aos alunos diferentes experiências além da sala de aula, na qual o aluno necessita criar estratégias para desenvolver determinado tema e, com isso, consolidar teses, de diferentes maneiras. “Buscamos oferecer recursos aos professores, com formação continuada, desafiando o corpo docente a inovação, as diferentes propostas, dentro de um planejamento coletivo”, afirma.

Segundo ela, a sala de aula deve cada vez mais ser um laboratório onde o aluno constrói conhecimento, alicerçado nas experiências, aprofundadas com as mediações do professor. “Isso dá muito trabalho, horas de planejamento e requer do professor disponibilidade, tempo, maior esforço”, completa.

“Claro que os números nos deixam felizes, com o sentimento de dever cumprido, mas temos muito a atingir ainda quando se refere ao ideal.”

MÁRCIA HICKMANN

Diretora da Escola Odila Rosa Scherer

O Ideb é calculado a partir dos dados sobre a aprovação escolar, obtidas no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), sendo o principal instrumento de monitoramento da Educação Básica. No relatório divulgado pelo Ministério da Educação, constam dados de seis escolas municipais e 13 estaduais.

    

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