A pressão de estar no 3º ano do Ensino Médio é uma realidade para Larissa Bencke Fengler, 17 anos. A estudante do Colégio Gaspar Silveira Martins vai se formar neste ano e ainda não sabe o que quer cursar na faculdade, mas tem a certeza de que não ficará ‘parada’.
Larissa afirma que, em casa, não se sente cobrada pelos pais. Se não souber o que cursar no próximo ano, planeja entrar para um curso pré-vestibular. Mesmo assim, ela se cobra em ter um objetivo, para não ficar sem estudar, já que gosta disso. “Na minha casa todos são tranquilos em relação a eu ainda não ter certeza da minha área. Tenho duas irmãs que também passaram por esse período de sair da escola e escolher uma graduação. Mas percebo que eu mesma tenho essa pressão de querer fazer algo e me achar logo”, comenta a jovem.
Para ela, estudar não é uma obrigação, por isso, além da escola, procura fazer cursos e ler sobre assuntos do seu interesse. “Sempre tiro uma hora do dia além da escola para estudar. Me dedico aos conteúdos de aula. E também já fiz curso de inglês, um pouco de espanhol e alemão. Tento sempre ocupar a mente e aprender”, observa.
A estudante afirma que é muito difícil parar de estudar, pois tudo no mundo evolui. Um exemplo é a tecnologia. “Penso que, indiferente da faculdade que eu fizer, eu tenho que estudar antes de começar para entrar e depois de formada fazer uma especialização. Porque tudo muda constantemente e os profissionais de hoje precisam estar atualizados, em todos ramos. Qualquer aprendizado a mais que a pessoa tiver pode ajudar no mercado de trabalho”, considera.
Auxílio da mãe para a estudante
A mãe de Larissa, Cristiane Bencke Fengler, sempre dá exemplo para a filha e mostra que no cotidiano é necessário estar estudando. “Na pandemia, nós duas estávamos estudando de casa, porque ela tinha conteúdo da escola e eu precisava aprender muitas coisas para continuar trabalhando de casa. Tudo foi novo e nós duas tivemos que estudar para aprender a usar as ferramentas e ela para a aula também”, acrescenta ela, que é coordenadora pedagógica no Gaspar.
Diferente de Larissa, a mãe não teve a oportunidade de fazer graduação logo ao sair do Ensino Médio, precisou trabalhar para começar a estudar posteriormente. “Incentivo muito a Larissa a se dedicar apenas aos estudos agora. Ela tem tempo de estudar e vejo que ela gosta, se dedica e isso me deixa feliz. Sempre friso que o que fica para nossos filhos é o estudo, independente do que ela for fazer, o aprendizado fica para sempre”, observa.
“Hoje o estudo não é apenas pelo livro e caderno, temos formas diferentes de aprender. Exemplo disso são as aulas de música, estúdio maker, aulas de línguas e outros. São estudos para a vida toda, pois nunca vamos parar de estudar, precisamos todos estar se atualizando constantemente.”
ALANA ROOS
Diretora do Colégio Gaspar
Estudar: uma forma de se manter atualizado
“A nova geração está sempre estudando, pois o mundo atual pede essa constante atualização”, afirma a diretora do Colégio Gaspar Silveira Martins, Alana Roos. Ela destaca que mesmo um professor precisa dar continuidade aos estudos, fazer cursos e especializações para se manter atualizado.
Alana utiliza como exemplo a pandemia de Covid-19, quando, em março de 2020, todas as aulas passaram a ser on-line e alguns professores não sabiam como usar as ferramentas digitais. “Foi um momento em que todos percebemos o quão é importante continuar estudando e saber usar as novas plataformas. Tanto nós professores quanto os alunos tiveram que estudar para entender como seriam as aulas”, reforça.
Por conta disso, neste ano, os funcionários do colégio que ainda não terminaram o Ensino Médio estão recebendo aulas de reforço e estudando para as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). “É um incentivo para essas pessoas voltarem a estudar. A maioria desses funcionários está com os filhos na escola e, até para ajudar eles nos estudos de casa, aprender é importante.”
Outro incentivo da escola para que os alunos não pararem de estudar é o projeto profissões, que visa explicar sobre todas áreas que os alunos podem seguir profissionalmente. Além disso, por meio do projeto, são aplicados testes vocacionais.
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