Um grupo formado por 43 estudantes das turmas 101, 103 e 301 do Colégio Estadual Poncho Verde realizou, na última terça-feira, 3, uma caminhada em forma de protesto pela falta de servidores para atuar na preparação da merenda e na limpeza da escola. Os alunos prepararam cartazes que enfatizaram a precarização de funcionários e a cobrança por “menos palavras e mais ações” e percorreram as principais ruas do município.
De acordo com uma das líderes da mobilização, a estudante do 3º ano Ketley Maiquele Jung, 18 anos, para a turma o protesto realizado na última terça foi muito significativo. “Os alunos puderam expor sua tristeza e indignação pela falta de funcionários no colégio e, com isso, nós, estudantes, esperamos que esse pronunciamento chegue até o governo estadual para que, o quanto antes, tomem uma decisão, pois a situação é de urgência”, destacou.
O que diz a direção
Contatado pela reportagem da Folha de Mato Leitão na sexta-feira, 30 de agosto, o diretor do Colégio Poncho Verde, Paulo Ricardo Heinen, confirmou que há problemas com o quadro de servidores para atuarem no preparo da alimentação dos alunos e na limpeza da escola. Ele ainda informou que a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) já foi comunicada sobre a situação.
De acordo com o diretor, o educandário, que atende do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, inclusive com aulas à noite, tem direito a três servidoras para trabalhar com a merenda e duas serventes para a limpeza. Há pouco mais de duas semanas, entretanto, eram apenas duas funcionárias, que se dividiam entre a merenda e a limpeza, e na quinta e sexta-feira da semana passada, dias 29 e 30, a escola ficou sem servidores para essas tarefas.
Segundo Heinen, a diminuição no quadro está relacionada ao pedido de exoneração e licença-saúde de funcionários que exerciam essas funções, tanto contratados quanto terceirizados por uma empresa que é responsável pelos serviços. Para dar conta da demanda, professores e integrantes da equipe diretiva estão auxiliando nos serviços.
Na última segunda-feira, 2, uma das servidoras contratadas, e que estava afastada, retornou ao trabalho para atuar no preparo da merenda. Além disso, a escola está entrando em contato com uma lista de pessoas que já demonstraram interesse em trabalhar para a empresa terceirizada, para que uma delas possa ser selecionada para, também, realizar as tarefas que envolvem a alimentação escolar.
Em relação à limpeza, Heinen não tem previsão de quando haverá contratação de servidores. Enquanto isso, professores e a equipe diretiva auxiliam nos trabalhos. Contudo, o diretor assegurou que a situação não tem atrapalhado a manutenção das aulas. “Mobilizamos a equipe diretiva, servidores da secretaria e professores que estão em hora-atividade. As aulas não vão parar”, garantiu.