Dentro de alguns dias, 14 pessoas com deficiência, que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Venâncio Aires, estarão aptas a ingressar no mercado de trabalho. Elas fazem parte de um grupo de jovens que passou por avaliações e mostrou interesse em trabalhar. Todas integram o projeto ‘Inserção no Mercado de Trabalho’, coordenado pela assistente social Sandra Haas.
São pessoas como o jovem Vitor Mateus Soares da Silva, 16 anos. Morador de Boqueirão do Leão, ele vem diariamente, de ônibus, para as aulas na Apae. Nessa segunda-feira, 26, à tarde, junto com três colegas e a assistente social, foi até agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) encaminhar sua primeira carteira de trabalho. “Sempre gostei de trabalhar”, disse Silva.
Assim como os colegas, ele entregou os documentos, colocou sua digital, tirou uma foto e fez sua assinatura. Dentro de no máximo 14 dias, ele e os colegas podem retornar ao Sine para retirar o documento. “A carteira de trabalho é um documento social, essencial para inserir as pessoas no mercado de trabalho”, observou Sandra.
Outro que encaminhou a carteira de trabalho é João Vitor Becker, 16 anos. “Gostaria muito de trabalhar em um mercado”, disse o jovem, que espera pela oportunidade de emprego.
PROJETO
O encaminhamento do documento, explica a assistente social, é mais um passo para a inserção social destes jovens. Ela salienta que esta atividade integra a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, mas garante que durante todo o ano são analisadas as habilidades de cada um, o grau de comprometimento e o que gostam de fazer. “Depois, encaminhamos cadastros nas empresas, onde a indústria fumageira é a que mais emprega”.
Sandra Haas observou que as pessoas com deficiência também recebem oportunidades em supermercados, fábricas de calçados e na indústria em geral. Todos os jovens interessados em trabalhar, destacou a assistente social, frequentam a Educação de Jovens e Adultos (EJA).