O prefeito Carlos Gustavo Schuch anunciou que irá abrir uma sindicância para apurar a autoria ou a existência de irregularidade praticada no serviço público, que possa resultar, dentre outras advertências, na aplicação da suspensão, bem como ressarcimentos dos danos eventualmente provocados em relação ao muro da Emei Santa Izabel, que tombou no dia 7 de julho. “Além do custo altíssimo, que hoje ultrapassa R$ 128 mil em números atualizados, esse muro não durou seis anos e custou todo esse valor. Alguém deve ser responsabilizado, tendo em vista que foi gasto dinheiro público”, enfatizou o prefeito.
Ele explicou que o processo da contratação da empresa, à época, para construir o muro e a cerca da Emei Santa Izabel, foi de acordo com o contrato assinado em 18 de agosto de 2014, pelo governo passado, através de um edital de licitação, sendo que o mesmo originou uma contratação no valor de R$ 88.855,10. Carlos Gustavo Schuch lembrou que a obra foi concluída em 11 de novembro de 2014, após cinco termos aditivos para prorrogação de prazos, já que término inicialmente previsto para 3 de outubro daquele ano.
Contraponto
O ex-prefeito Ricardo Azeredo disse que o muro pode ter caído por conta das obras de pavimentação que acontecem ao lado da creche, associado às fortes chuvas que ocorreram no momento da queda. “É bom lembrar que escavações aconteceram bem ao lado do muro, o que pode ter mexido com a estrutura que sustentava a obra”, defendeu.
Azeredo relatou que todas as obras são projetadas e fiscalizadas pelo Departamento Técnico da Prefeitura, não havendo participação do prefeito. “Estou totalmente tranquilo quanto a minha pessoa, destacando ainda que qualquer menção neste sentido, possui conotação política ante o pleito que se aproxima”, disse.
Ele destacou que apoia a abertura de apuração dos fatos pelo Município, mencionando ainda que estes deveriam incluir a estrutura da escola situada ao lado da creche, executada no governo do MDB. “É estranho querer jogar a culpa para cima dos outros e não ver seus próprios erros”, salientou o ex-prefeito. Quanto às prorrogações de prazos, Azeredo disse que não há nada de errado, “porque isso é algo rotineiro e o Departamento Técnico da Prefeitura é o responsável”.