Uma das obras mais aguardadas pela comunidade regional finalmente teve seu trafego liberado. Depois de quatro anos em obras, foi aberto na manhã deste sábado, 28, o viaduto Fritz e Frida, na RSC-287, em Santa Cruz do Sul. De acordo com a Empresa Gaúcha da Rodovias (EGR) nos últimos dias foram agilizadas ações com o reforço no número de trabalhadores para entregar a obra no prazo estipulado, que é 30 de abril.
Conforme a estatal, a principal vantagem do viaduto é separar o trânsito local, que atravessará a rodovia por baixo do viaduto, do tráfego principal da rodovia, sobre o viaduto, conferindo mais segurança aos motoristas.
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O engenheiro da EGR, Luiz Fernando Vanacor, cita que a instalação de barreira de segurança entre as duas pistas, sinalização vertical e plantio de grama foi concluído no meio da semana. Ontem os esforços estavam centrados na remoção de uma pista provisória que dava acesso ao contorno para Linha Santa Cruz, a partir do Acesso Grasel.
“Pretendíamos entregar o viaduto no dia 30. Mas conseguimos a partir de uma grande esforço antecipar o prazo”, afirmou Vanacor. O presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, quer visitar na próxima semana Santa Cruz do Sul, para uma última vistoria. Contudo, ainda não existe data para inauguração da obra. A entrega oficial pode ser feita na presença governador José Ivo Sartori.
No entorno do viaduto, a duplicação e o recapeamento da rodovia também gatanham agilidade. Está concluída a duplicação de 4,2 km entre Linha Pinheiral, no km 97,7, até a interseção de acesso Avenida Melvin Jones, no km 102, que são dois pontos de retorno (um no km 100 e outro no 100,5).
O contrato com o consórcio responsável pelas obras, o Ebrax-Iccila, foi prorrogado até junho. Até lá serão feitos os ajustes de pinturas e revisão de serviços. As obras foram iniciadas em dezembro de 2014. O custo estimado era de R$ 22 milhões, mas com os aditivos no contrato a conta aumentou para R$ 27,5 milhões.
Como ficará o trânsito no local
1 O fluxo no local foi acertado este mês pela EGR a partir da renovação do estudo para garantir a máxima eficiência no deslocamento dos veículos. Quem sai de Venâncio Aires e quer ingressar na cidade de Santa Cruz precisará contornar rótula que está instalada embaixo do viaduto. O mesmo ocorre para quem sai pelo Acesso Grasel rumo a Santa Maria. Nesses dois casos, deverão ser utilizadas as alças laterais.
2 A mesma rótula precisa ser passada pelos motoristas que fazem o trajeto Linha Santa Cruz-Acesso Grasel.
3 Somente passarão por cima do viaduto os condutores que seguirem direto pela RSC-287, no sentido Venâncio Aires–Santa Maria ou vice-versa.
4 Em 2014 a EGR identificou que 90% dos veículos que passavam pelo então trevo Fritz e Frida seguiam direto para outras cidades. A Prefeitura de Santa Cruz do Sul informou que nos primeiros dias de funcionamento do viaduto irá coordenar esquema de orientação com agentes de trânsito.
O viaduto
A obra, de concreto protendido, tem 60 metros de comprimento e 20 metros de largura, com pista dupla e acostamento. Sob sua estrutura há uma rótula que permite retorno e acesso a Santa Cruz. O vão sob o viaduto tem 5,5m, atendendo ao Código de Trânsito Brasileiro. Há passagem de pedestres com faixa de segurança sob o viaduto.
Atuação do MP na obra
No início do ano o cronograma de obra da EGR passou por revisão pelo Ministério Público (MP) .O promotor de Justiça Especializado em Santa Cruz do Sul, Érico Fernando Barin, ameaçou a ajuizar uma ação civil pública. Na época constatou que os prazos de execução da obra não estavam sendo cumpridos. A partir de acordo com a estatal foi estabelecida como data limite para entrega do viaduto o fim de abril.
“Avaliamos inicialmente que os prazos estavam fora do que se tinha acordado. Felizmente, após essa iniciativa houve um cumprimento do cronograma” afirmou ontem Barin. Ele também informou que mesmo depois de ser entregue à comunidade, o MP fará um acompanhamento para verificar a qualidade da obra. “Antes do arquivamento do inquérito, o acréscimo nos custos da obra também será observado e estudado”
Já segundo a EGR o cronograma precisou ser readequado em função de fatores como o processo de recuperação judicial por que passava o consórcio que executou a obra, além de necessidade de readequações do projeto original e de obtenções de licenças ambientais. Ainda segundo a estatal, pagamentos feitos pela EGR ao consórcio responsável pela obra estiveram sempre em dia.
Concessão da 287 à iniciativa privada
Ainda em maio o Governo do Estado quer apresentar as regras de concessão da RSC-287. Entre as principais necessidades que a iniciativa privada precisará providenciar é a duplicação da rodovia no trecho entre Santa Cruz do Sul até Tabaí. No chamado estudo de modelagem estará especificado em que regiões ficarão localizadas as praças de pedágio e quantidade de pontos de cobrança e custo das tarifas.
No entanto o edital de concessão deve ser finalizado apenas em 2019. Pois várias serão as etapas internas que precisarão ser sanadas primeiro. Até mesmo a realização de audiências públicas precisam ser chamadas.
Além da 287, devem ser destinadas para concessão também a RSC-324, de Passo Fundo e RSC-020, de Caxias do Sul.
