Daiara Stein tem 19 anos, mora no bairro Gressler desde que nasceu, com os pais Iara Berenice e Elenor Stein, a irmã Eliara e o cunhado. Seu irmão mora com a

Foto: Vanessa Behling / Folha do MateComunicativa e apaixonada por livros, ela quer cursar uma faculdade de jornalismo a partir do próximo ano
Comunicativa e apaixonada por livros, ela quer cursar uma faculdade de jornalismo a partir do próximo ano

avó em Linha Hansel, onde, na infância, brincava com os primos no barro e no mato, jogava futebol, andava de bicicleta. Ela estudou na escola Zilda de Brito Pereira e completou, no fim do ano passado, o ensino médio no Colégio Oliveira Castilhos.

Agora, está fazendo um curso preparatório para o vestibular, em busca de uma bolsa ou uma vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no curso de Jornalismo. O objetivo é de trabalhar com televisão. “Sei que a Federal é muito concorrida, são cerca de 30 pessoas por uma vaga, mas estou tentando. Caso não consiga quero alcançar uma boa nota para conseguir uma bolsa em universidades da região, onde o ensino também é muito bom. Queria ir para Porto Alegre devido as possibilidades de emprego.”

O desejo de ser Jornalista começou no ensino médio. Sempre muito comunicativa e péssima com exatas, um professor de Literatura a incentivou, depois de ver o resultado de um trabalho, que envolveu o livro ‘A Pata da Gazela’, de José de Alencar. O trabalho, no qual o professor fez uma observação de que ela teria um futuro brilhante se seguisse a carreira de jornalista, ela guardou por três anos. Em sua formatura devolveu ao professor, com a observação de que iria em busca do seu sonho. Junto, lhe deu um livro, ‘Hannibal, de Tomas Harris’, um livro de literatura estrangeira, da qual era uma leitora assídua, enquanto o professor queria que ela lesse mais literatura nacional. Segundo ela, o incentivo e a relação entre aluno-professor é fundamental para seguir um caminho profissional.

A paixão por livros está marcada na pele, com uma tatuagem no braço. Se muitas jovens são apaixonadas por sapatos, maquiagens, Daiara é compulsiva por livros. Seu quarto mais parece uma biblioteca, com os mais variados títulos. “Eu não gosto só de ler, mas gosto de ter eles, dizer que é meu, emprestar.”

Rotina

Na empresa do pai ela ajudava como secretária durante o dia, no entanto, a rotina tornou-se desgastante, já que estudava a noite. “Meu pai me deu uma força e disse que nesse ano queria que eu me dedicasse aos estudos.” Hoje ela divide o tempo entre estudos para o curso, já que a prova do Enem está próxima, e para o concurso, academia, amigos e o namorado, grande incentivador da jovem no concurso. Para isso, regrada como é, ela segue planejamentos, horários e objetivos em anotações feitas em cadernos, no celular e até em cartazes no quarto.

Já nos finais de semana, ao som de MPB, a ‘rainha da carne moída’, como ela diz que a família a chama, entra em ação. “São variados pratos que saem de ‘carne moída a La Daiara’. Escondidinho, carreteiro, carne moída com massa, faço de tudo, mas com carne moída”, brinca ela.

Como boa leonina, ela é determinada, serelepe, tem sede de saber e de compartilhar conhecimento. “Minha avó diz que sou muito conversadeira. E eu era assim já no colégio, sei que a conversa me atrapalhava um pouco, às vezes. Adoro conversar e ouvir as pessoas, de compartilhar sonhos, de saber um pouco de tudo.”

Fenachim

No ano passado concorreu ao Garota Terra. Já em 2013, concorreu para a corte da 13ª Fenachim e ficou em quarto lugar. “Eu não fui por mim. Tinha um amigo que todo dia aparecia com a ficha de inscrição e me pressionava. Chegou um momento que eu concordei, mas senti que não era a minha vez, não estava confiante, fui pelos outros.”

Segundo ela, “o concurso abriu muitas portas. Fiz muitos trabalhos depois. Com o concurso vi que tenho potencial e me fez uma nova pessoa.” Além dos estudos, a jovem às vezes realiza alguns trabalhos, como desfiles e fotos para empresas.

Daiara diz que, por ser nova ainda, não se sentiu preparada para participar desta edição do concurso, no entanto, o apoio da família, namorado, amigos e principalmente dos patrocinadores fez com que criasse coragem e se inscrevesse pela segunda vez. “Acho que eles sonham mais com a coroa do que eu. Eles são maravilhosos, me incentivam e me dão muita força. Sempre estão dispostos a me ajudar. Sei que não estou sonhando sozinha. Então, é preciso que eu me esforce e retribua todo o carinho.”