Insatisfeito com o tratamento que o Governo Federal vem tendo com a cadeia produtiva do tabaco, o presidente da Câmara Setorial do Tabaco e prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, ao lado do secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e consultor da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco Romeu Schneider, reuniu a imprensa, na tarde de ontem, para anunciar a mobilização em defesa do setor. Uma das preocupações dos líderes é com a posição do governo brasileiro durante a Conferência das Partes (COP 7), que ocorrerá entre os dias 12 e 17 de novembro de 2016, na índia.
O objetivo da coletiva foi tornar pública a preocupação do setor com a conduta do governo federal. A situação também será levada para a próxima reunião da Câmara Setorial, programada para o fim do mês de março, em Brasília. “Vamos oficiar a ministra da Agricultura e as autoridades estaduais e federais e, quem sabe, será um dos temas importantes para discutirmos na COP7 na índia”, acentuou o prefeito.Conforme Artus, o governo brasileiro vem trabalhando contra o setor do tabaco não apenas ao aumentar os tributos – como o recente reajuste dos cigarros, mas está investindo no combate à produção e não apenas ao consumo, como defende os órgãos de saúde.
Pauta das Conferência das Partes ainda é desconhecida
Presente na coletiva de imprensa, o secretário da Afubra e consultor da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco Romeu Schneider, lamentou que os representantes dos fumicultores venham enfrentando dificuldades para saber a pauta da Conferência das Partes (COP7), que ocorrerá entre os dias 12 e 17 de novembro de 2016, na índia. “Até o presente momento, não fazemos ideia qual a pauta que será discutida, que sempre é deixada para o último momento para que não haja tempo hábil de uma mobilização em relação aquilo que será abordado”, afirmou. Ele espera que uma das pautas da COP seja os ingredientes do cigarro. Schneider também manifestou sua preocupação com a divisão das reuniões durante o evento, pois as primeiras serão realizadas entre os dias 12 e 17, e, paralelamente, estão programadas outras reuniões de 14 a 16, porém, é desconhecido o objetivo desta decisão. O consultor avalia que esta atitude de dividir a PROGRAMAÇÃO venha para impor dificuldades. “Diante disso, precisamos fazer frente porque afinal de contas, a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) certamente terá as informações com antecedência. Porém, este pessoal também não faz questão de nos informar do que estará ocorrendo”, lamenta. Para Artus, a divisão das reuniões também busca dificultar qualquer trabalho paralelo de uma delegação representativa da cadeia produtiva.