Desde o dia 7 de julho, por conta da Medida Provisória 1.162/23, aprovada em fevereiro pelo Congresso Nacional, a Caixa Econômica Federal (CEF) tem novas condições para financiamento imobiliário pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para habitação popular.
Nesta nova etapa, famílias com renda de até R$ 2 mil podem financiar imóveis com taxa de juros nominais a partir de 4% ao ano, pela chamada Faixa 1 do programa. Além disso, famílias da Faixa 3, com renda de R$ 4.400,01 até R$ 8 mil, podem financiar imóveis de até R$ 350 mil – antes, o valor máximo era R$ 264 mil.
O subsídio para complementação da compra do imóvel pelo programa também aumentou. O valor máximo, que antes chegava a R$ 47,5 mil, agora é de até R$ 55 mil. O benefício reduz o valor da entrada para famílias com renda até R$ 4,4 mil. Os clientes podem simular o financiamento imobiliário no aplicativo Caixa Habitação e no site do banco.
Bom momento
O proprietário da Aliança Imóveis, Juliano Ferreira, destacou, em entrevista ao programa Terra Em uma Hora, da Rádio Terra 105.1 FM, que as mudanças facilitam a compra de imóveis. Segundo ele, o primeiro ponto a ser levado em consideração é o aumento do teto que, em Venâncio Aires, era de R$ 169 mil e, agora, passa a ser de R$ 190 mil. “Isso amplia o leque de opções, destravando a construção de novos imóveis. Antes, por conta da faixa de valores, às vezes não eram permitidas obras maiores”, frisou.
Conforme Ferreira, até 80% deste valor pode financiado (tanto para imóveis novos quanto para a construção) e as taxas de juros também foram reduzidas. Contudo, o principal ponto enfatizado por ele é o aumento do subsídio, que é a parte que o Governo Federal paga. “Varia conforme a renda e o número de pessoas que financiaram o imóvel. O máximo, em Venâncio Aires, era de R$ 17 mil e, agora, pode chegar a R$ 45 mil”, explicou.
Além disso, ele afirmou que o financiamento é simples, pois o interessado vai até a imobiliária com a documentação necessária (RG, CPF e contracheque) e, em questão de uma semana, é obtida a resposta se o crédito está aprovado ou não. No total, o processo não passa de 30 dias. Após a obtenção do financiamento, as residências são construídas em cerca de seis meses.
Ferreira recomenda que sejam feitas as simulações, pois o cliente terá, assim, o detalhamento da possibilidade do financiamento. Atualmente, ressaltou, os bairros mais procurados para o programa Minha Casa, Minha Vida são Bela Vista, Aviação, Santa Tecla e Coronel Brito. “São locais com imóveis novos e disponíveis, que têm uma procura maior em função do teto de valores. Agora, com esse aumento, é possível que vejamos áreas centrais aparecendo também.”
*Com informações de Caixa Econômica Federal
O proprietário da Aliança Imóveis, Juliano Ferreira, exemplificou que, para uma renda de R$ 1.950, seria possível receber R$ 140 mil, com parcelas de R$ 562. “Menor que boa parte dos aluguéis de apartamentos da cidade”, comparou.
Outras novidades
• Além da diminuição das taxas, a Faixa 1 do programa teve o limite de renda ampliado de até R$ 2,4 mil para até R$ 2.640, permitindo que mais pessoas possam ter acesso aos financiamentos e aos descontos com recursos do FGTS.
• Para famílias das Faixas 1 e 2, com renda de até R$ 4,4 mil, o limite do valor do imóvel passa a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender da localidade do imóvel.
• Dentro das novas condições, está a redução em 0,25% por parcela das taxas de juros nominais oferecidas para famílias com renda de até R$ 2 mil. Nas regiões Norte e Nordeste, passou de 4,25% ao ano para a partir 4% ao ano e, nas demais regiões, de 4,50% para 4,25% ao ano.
Para conhecer as linhas de financiamento habitacional, fazer simulações sobre a melhor opção e obter informações sobre comparativo de taxas, os clientes podem acessar o site do banco ou o Aplicativo Habitação Caixa, disponível gratuitamente para os sistemas operacionais Android e iOS.
A Medida Provisória também tira a exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do Minha Casa, Minha Vida. Com a mudança, bancos privados, digitais e cooperativas de crédito poderão operar no programa, desde que forneçam informações sobre as transferências ao Ministério das Cidades com identificação do destinatário do crédito.