No dia 29 de maio, faz 44 anos que Elmo Fengler ingressou na equipe da Haas Madeiras, empresa que comemora os 50 anos em 2023. Na época, a empresa era liderada pelo fundador, Alvin Haas. “Ele foi meu professor, pois eu não conhecia nada no ramo de madeira”, lembra. Fengler também faz questão de reconhecer a importância de outros dois profissionais no início da sua caminhada na empresa: Paulo Weizenmann, que foi quem assinou sua carteira de trabalho, e o contador Luiz Carlos Morsch, responsável pela empresa. “Comecei como motorista e foi o Luiz Carlos Morsch que me ensinou muita coisa, viu que eu tinha capacidade, me tirou da boleia do caminhão.”
Aos 69 anos, apesar da aposentadoria, Fengler segue envolvido com a empresa, onde marca presença quase que diariamente. “Sou como o ‘estepe’, sempre à disposição”, define. Além disso, participa de todas as obras de ampliação da Haas e é constantemente procurado pelos colegas para tirar dúvidas. Afinal, experiência não falta: nas mais de quatro décadas, acompanhou as mudanças nos processos da empresa e atuou em diversos setores, do depósito à gerência.
Entre 1999 e 2009, a convite de José Carlos Haas, se mudou para Sinop, no Mato Grosso, ao lado da esposa Ivone, para administrar a filial da empresa, no encerramento das atividades. “Não consigo imaginar minha vida sem a Haas. Sou muito grato à família Haas por tudo. Eu e o Zé trabalhamos juntos por todo esse tempo e nunca brigamos”, comemora.
Para ele, a característica mais marcante da empresa é a preocupação com o bem-estar dos funcionários e de toda a comunidade. “Havia 40 casas para funcionários, em Sinop, perto da serraria, pois muitos vinham de outros lugares e não tinham onde morar. Além disso, em 5 anos, ajudamos 12 pessoas a fazerem a sua própria casa”, recorda Fengler. Ele também cita que, assim como em Linha Brasil, em Sinop, a empresa também sempre se envolveu com a comunidade e contribuiu com a construção da catedral. “O Zé tem o coração do tamanho do mundo”, ressalta. Outro fato destacado por ele foi que quando foram encerradas as atividades no Mato Grosso, todos os mais de 60 funcionários foram sendo inseridos em outras empresas, para que não ficassem desassistidos.
Lembranças
Entre as recordações da sua carreira profissional na Haas, Elmo Fengler lembra que, em um período, a empresa realizou serviços terceirizados de sacarias e grades de fumo para a Souza Cruz. Em torno de 50 mulheres faziam o trabalho, coordenado pela esposa dele, Ivone. Com o aumento do número de funcionários – em torno de 120 -, foi construído o refeitório. “É o mesmo utilizado até hoje”, menciona.
Ele também ressalta a importância do refeitório no período em que atuou em Sinop. “As pessoas iam para o refeitório muito felizes. Criamos uma grande amizade com aquele povo, eram muito agradecidos”, afirma, ao observar que o trabalho nas serrarias atraia muitos nordestinos e paraguaios, além de pessoas de outras regiões do país.
“Foi um desafio muito grande ter ido para Sinop administrar a filial da Haas. Conhecia o ramo de madeira, mas não sobre a extração e manejo de madeira. Além disso, era uma região e um clima diferentes, com pessoas de todas as regiões e não
conhecíamos ninguém.”ELMO FENGLER