A necessidade de que Venâncio Aires tenha representantes na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados está levando a uma mobilização talvez jamais verificada na história política da Capital Nacional do Chimarrão. Tem sido comum nos discursos dos pré-candidatos reserva de espaço para afirmações como “se não for votar em mim, que vote em alguém daqui”. A partir dos atores que compõem o cenário atualmente, a ideia tem sido disseminada e já ganha as rodas de conversa, bem como os bastidores da política.
Desde 1998, quando Gleno Scherer (PMDB) encerrou seu mandato de deputado estadual – foi eleito em 1994 -, Venâncio Aires não consegue elevar um político à Assembleia Legislativa ou à Câmara, em Brasília. Partidos e políticos tentaram, de todas as formas, de lá para cá, superar a barreira, mas o objetivo não foi atingido. Desde então, o mais perto que a Capital Nacional do Chimarrão chegou de uma cadeira parlamentar foi em 1998, quando Almedo Dettenborn (PMDB) fez 24.035 votos, na suplência para o Palácio Farroupilha.
IMPORTÂNCIA
Em tempos de recursos escassos e cofres públicos quase raspados, a importância de o município ter um representante que possa defender seus interesses é cada vez maior. Políticos e a maior parte do eleitorado concordam que quanto mais perto da comunidade estiver o parlamentar, mais fácil é uma eventual cobrança. Por mais que seja de conhecimento geral a dificuldade de enraizar esta situação – uma vez que alguns agentes políticos estão comprometidos com pré-candidatos de fora da cidade -, há movimento neste sentido.
Eleições 2014
Deputado estadual
1º – Giovane Wickert (PT): 13.9132º – Celso Krämer (PTB): 9.2243º – Eduardo Kappel (PP): 2.4544º – Nestor de Azeredo (PSB): 1.5225º – Enio Bacci (PDT): 1.1236º – Edson Brum (PMDB): 8937º – Manuela D’Ávila (PCdoB): 7168º – Osmar Severo (PCdoB): 5289º – Ciro Simoni (PDT): 52710º – Gabriela Markus (PMDB): 385
Deputado federal
1º – Sérgio Moraes (PTB): 9.8282º – Heitor Schuch (PSB): 7.2683º – Maria do Rosário (PT): 2.9614º – Afonso Motta (PDT): 2.6915º – Paulo Pimenta (PT): 1.6816º – Danrlei de Deus (PSD): 8067º – Edmar Hermany (PP): 7918ª – Yeda Crusius (PSDB): 7309º – João Derly (PCdoB): 55510º – Elvino Bohn Gass (PT): 495
Em 2014, 320 foram lembrados para estadual e 201 para Câmara
Nas eleições de 2014 – que a exemplo do que vai acontecer em 2018, elegeu presidente, senadores, governadores, deputados federais e deputados estaduais -, 320 candidatos foram lembrados nas urnas pelos venâncio-airenses no pleito para a Assembleia Legislativa. Giovane Wickert, na época ainda integrando as fileiras do PT, recebeu 13.913 votos. Outros três candidatos locais completaram as primeiras posições: Celso Krämer (do PTB, com 9.224 votos), Eduardo Kappel (do PP, com 2.454 votos) e Nestor de Azeredo (do PSB, com 1.123 votos) ficaram com a segunda, terceira e quarta maiores votações. Os quatro, somados, fizeram 27.113. Já os dez mais votados em Venâncio somaram 31.285 indicações, número que possibilitaria esperança de eleição ou boa suplência se fosse de um mesmo candidato.
Já no pleito para deputado federal, 201 candidatos foram votados nas urnas da Capital Nacional do Chimarrão. Sem nomes locais na disputa de uma cadeira em Brasília, os candidatos de fora ficaram livres para lutar pelo convencimento dos eleitores. Dos dez mais votados em Venâncio Aires, apenas Edmar Hermany (PP), de Santa Cruz do Sul, não chegou à Câmara Federal. Sérgio Moraes (do PTB, com 9.828 votos), Heitor Schuch (do PSB, com 7.268 votos), Maria do Rosário (do PT, com 2.961 votos), Afonso Motta (do PDT, com 2.691 votos) e Paulo Pimenta (do PT, com 1.681 votos), foram os cinco mais lembrados. Juntos, fizeram 24.429 votos. Somados os dez primeiros, o número de indicações chegou a 27.806.
CENÁRIO
O cenário atualizado de pré-candidaturas de Venâncio Aires para as eleições de 7 de outubro tem quatro nomes para deputado estadual e dois para federal. Vinícius Medeiros (PSDB), Airton Artus (PDT), Celso Krämer (PTB) e Dianefer Berté (PT) disputarão as intenções para a Assembleia. Já Acemar da Silva, o Zequinha (PPS), e Nilson Lehmen (MDB) são os dois nomes para a Câmara Federal. Lehmen reunirá o diretório local do partido na sexta-feira, 27, para endossar sua intenção, mas afirma que já se considera pré-candidato. Tiago Wendt (PHS), que havia se lançado pré-candidato a deputado federal pelo PHS, está fora do pleito. Ele deixou a função de coordenador da Sala do Empreendedor e se mudou para Santa Catarina.
“Concordo com esta tese, contudo entendo também que o eleitor, às vésperas do pleito, deve escolher a candidatura mais viável.”AIRTON ARTUSPré-candidato do PDT à Assembleia
“Acho uma boa, mas é necessário analisar os perfis para ver quem pode representar Venâncio, a região e o Rio Grande do Sul.”VINÍCIUS MEDEIROSPré-candidato do PSDB à Assembleia
“Sou a favor do fortalecimento das candidaturas locais. Quem tem raiz no município certamente vai defender os projetos de interesse.”DIANEFER BERTÉPré-candidata do PT à Assembleia
“Minha pré-candidatura está na ponta dos cascos e, no dia 7 de outubro, é a comunidade que vai dizer quem fica com estes votos.”CELSO KRÄMERPré-candidato do PTB à Assembleia
“Espero que os pré-candidatos tenham feito uma análise do cenário e de viabilidade de eleição, daí é mais fácil mobilizar os eleitores.”NILSON LEHMENPré-candidato do MDB à Câmara Federal
“Concordo plenamente. Venâncio tem condições de eleger um deputado estadual e outro federal. Se não for eu, que seja alguém daqui.”ACEMAR DA SILVAPré-candidato do PPS à Câmara Federal
