A falta de chuva começa a pautar agricultores de Venâncio Aires. O mês de dezembro contou com temporais nos primeiros cinco dias e, após isso, houve apenas chuvas esporádicas, como as que ocorreram na manhã de quarta-feira, 28.
Dessa forma, os agricultores da Capital do Chimarrão já se preocupam com os impactos na produção. Contudo, a situação ainda é considerada sob controle. “Em Venâncio (a estiagem), ainda não é problema”, diz o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin.
Conforme Fin, ainda que as chuvas tenham sido acompanhadas de granizo – o que afetou as plantações de tabaco -, elas são motivos de comemoração, já que em outros municípios a situação já é mais crítica. “A partir de agora, reiniciamos o balanço. Caso não ocorram chuvas de forma mais frequente, diversas culturas devem ser afetadas”, frisa.
Segundo ele, isso se dá por conta de algumas culturas – como o milho, por exemplo -, estar entrando na fase de crescimento, o que demanda cerca de 6 a 7 milímetros de água por dia, perfazendo um total de 70 mm a cada 10 dias. “Caso não chova, começam a ter perdas nas culturas mais novas”, destaca Fin.
Regiões afetadas
Fin afirma que alguns pontos do município começam a sofrer com a estiagem, principalmente nos limites com General Câmara, onde a precipitação de dezembro não foi o suficiente. Em Linha Canto do Cedro, por exemplo, o volume de água não foi suficiente, contudo, tem ajudado paliativamente, aponta Fin.
No tabaco, houve pouca perda por conta da estiagem, as maiores foram por conta do granizo. Já o milho foi afetado no mês de outubro, quando estava em fase de florescimento e disposição de grãos, além disso, frutíferas e hortaliças, em locais sem irrigação, também foram impactadas.