As propostas e reivindicações para o Carnaval de 2015 estão postas. Quatro escolas de samba, que se reuniram entre si para levantar demandas, agora terão encontro com a Administração para deliberar as viabilidades, como R$ 30 mil para cada agremiação em cota única.
O grupo esteve reunido pela primeira vez na sexta-feira, 25 de julho. Integraram este encontro a Acadêmicos do Samba – Négo, Fiel Tribo Guarani, Agremiação Cultural Unidos da Vila Freese e a Associação Carnavalesca Unidos das Vilas, com sede no bairro Coronel Brito.
Com as pautas estabelecidas em mãos, presidentes de três escolas (Négo, Fiel e Unidos da Vila Freese) estiveram na Folha do Mate nesta semana para apresentar os pedidos, assim como solicitar que o quanto antes a Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo possa dar início aos debates em torno do evento.
O carnaval 2015 ainda vai marcar a volta da Associação Carnavalesca Malandros do Ritmo aos desfiles, além da Império do Samba que cogita voltar, após ficar de fora da ‘folia’ deste ano.
A gente vai ouvir o que as escolas têm pra nos colocar, as suas sugestões e assim dialogando acredito que a gente vai chegar a um acordo
Saul ZartSecretário-adjunto de Cultura
Investimentos e desfiles no foco
E as deliberações já tem data agendada para começar: o secretário Lucas Ferreira vai chamar as agremiações para uma primeira reunião na quinta-feira, 7, a partir das 10h junto a própria secretaria. Segundo ele, a distribuição de valores será discutida em conjunto com as escolas.
As negociações entre Executivo e as entidades passará por questões como repasse de recursos, noites de desfiles, jurados, critérios de avaliação e prestação de contas. O presidente do Négo, Cláudio Jung, salienta que destes itens, dois focos são centrais: valores e desfile.
“Uma decisão entre as quatro escolas seria um valor de R$ 30 mil. Abaixo desse valor as quatro escolas não tem como sair no carnaval. E a outra questão mais importante, que é independente do valor. A gente fez um trabalho de pesquisa em outras cidades. A bandeira que a gente vai levantar a partir de agora é de desfile só uma noite, que seria só no sábado”, ressalta Cláudio.
Ao falar sobre esta pauta – do desfile – com a reportagem, o secretário Lucas Ferreira afirmou que não existe a possibilidade da Administração abrir mão de duas noites. “Zero chance de isso acontecer.”
A mesma ideia defendida pelas agremiações Malandros do Ritmo e a Unidos das Vilas da Coronel Brito. Presidente da Unidos, Gilberto Luis Schwingel, destaca que a diretoria não concorda com o carnaval em apenas uma noite. “Mesmo se apenas uma noite vale pontos, mas acaba se investindo cerca de R$ 40 mil para em 45 minutos apresentar todo um trabalho de três a quatro meses.”
Na Malandros, o presidente Rogério Seibt responsável pela escola, ao lado da esposa Daniela, frisa que o mínimo são dois dias de desfile. “é um árduo trabalho e, portanto, mostrar uma única vez, não vale a pena.”
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 02, 03 e 04/08/2014.