Donos de empresas instaladas no Distrito Industrial voltaram a fazer denúncias contra o furto que segue acontecendo no prédio onde funcionava a Real Tabacos Ltda. Conforme já noticiado pela Folha do Mate, depois de motores, equipamentos do escritório, máquinas e da parte elétrica, agora as pessoas estão furtando o telhado.
Na manhã desta terça-feira, um empresário fotografou a ação, que acontece em plena luz do dia. Indignado, ligou para a Brigada Militar, cobrando uma intervenção e a prisão dos indivíduos, mas ouviu que nada poderia ser feito. “Já prendemos muitas pessoas e apreendemos mercadorias, mas sempre que chegamos na Delegacia de Polícia, não há registro dos furtos e nada podemos fazer”, comentou a capitão Michele da Silva Vargas.
Como os herdeiros alegaram para o juiz João Francisco Goulart Borges que a empresa está funcionando, não foi decretada a falência e, em consequência, não há uma pessoa responsável pela massa falida, um síndico.
A empresa parou de funcionar naquele endereço em março de 2016 e desde então vem sendo saqueada diariamente. A inexistência de vigias facilita a ação dos ladrões, que intimidam empresários e demais pessoas que trabalham ou circulam pelo Distrito Industrial.
MANIFESTAÇÃO
Como os herdeiros contestaram o pedido de falência, feita por uma banca de advogado, o juiz Goulart Borges encaminhou despacho ao Diário de Justiça, dando prazo de cinco dias para que os herdeiros se manifestem, comprovando, com documentos, que a empresa realmente está atuante, onde está instalada e com seus tributos em dia.
O prazo expirou na sexta-feira, 21, mas como a manifestação pode ter sido encaminhada via Correio, há um prazo de cinco dias úteis para que o magistrado se manifeste. “Isso vai acontecer na segunda-feira, 1º de julho”, comentou uma assessora do juiz. Se os herdeiros se manifestaram, Goulart Borges analisará a contestação e dará o veredito. Se não houve manifestação, decretará, de imediato, a falência da Real Tabacos.