O quilo de um dos principais ingredientes para molhos e saladas chega a custar R$ 8,99, em Venâncio Aires. A alta no preço do tomate pôde ser percebida nos supermercados, nos últimos dias, e é reflexo do período de entressafra do produto no Rio Grande do Sul.
A engenheira agrônoma Djeimi Isabel Janisch, do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, explica que, nesta época o tomate custa mais porque vem de fora do estado, especialmente de São Paulo. Ela observa que a principal região produtora no Rio Grande do Sul é a serra e, após inverno, não há produção. “Como se começou a plantar há pouco, leva um tempo até que as plantas se desenvolvam e comecem a produzir.”
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Enquanto os tomates ‘de casa’ não abastecerem as prateleiras, o preço deve continuar ‘salgado’. Para que o produto não pese tanto no bolso, criatividade também passa a ser um ingrediente para preparar as refeições. Buscar outras alternativas ao fruto utilizado para encorpar molhos já é uma prática da aposentada Ilazir Kist dos Santos, 60 anos, sempre que o preço do tomate dispara.
Segundo ela, uma das opções é a compra de tomate sem pele, em lata. “É mais econômico porque dura mais. Se uso só a metade, guardo o restante e ele não apodrece como o outro”, comenta. Para Ilazir, embora nada se compare ao tomate natural, é possível utilizar outros ingredientes, apostar em outras formas de cozinhar e elaborar uma comida saborosa. “Se não tem tomate, uso alho, cebola, manjericão e outros temperos. Em outras ocasiões, queimo açúcar para dourar”, exemplifica. “A necessidade faz com que a gente crie.”
>> Apuração da Folha do Mate em supermercados do município, ontem, apontou uma variação de preço de R$ 4,99, em promoção, até R$ 8,99, por quilo de tomate.
Cotação
– Apesar de a elevação se repetir, anualmente, por conta da entressafra, desta vez, o acréscimo no preço foi maior. – Se comparado ao mesmo período de 2017, o custo do tomate longa vida cresceu 200% – de R$ 1,50 passou a R$ 4,50 -, conforme cotação das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS). – Os valores atuais também são os maiores dos últimos quatro anos, considerando o mês de outubro.
