Escolaridade dos assessores de vereador volta ao debate

Afinal, qual é a escolaridade que deve ser exigida para um assessor de vereador? Na legislatura passada, um projeto foi apresentado, alterando a exigência de ensino médio para ensino fundamental incompleto. Com maioria, a oposição conseguiu aprovar a diminuição de escolaridade.

Com nova legislatura, a bancada do PDT, que tem seis das 15 cadeiras, apresentou na sessão da Câmara de Vereadores desta semana requerimento solicitando elaboração de projeto para que seja alterada, novamente, a exigência de escolaridade. Desta vez, retornando o ensino médio. Embora o requerimento tenha sido aprovado por unanimidade, a alteração dividiu algumas opiniões.

Líder da bancada do PDT, o vereador Jarbas da Rosa lembrou que na época que foi diminuída a exigência, dos dez vereadores, somente os pedetistas, Hélio Artus e João Schimuneck, Nilson Lehmen (PMDB) e Izaura Landim (PP) foram contrários à mudança. “Mas nós achamos importante essa exigência, justamente para incentivar o estudo. Neste um ano os assessores tiveram tempo para buscar essa formação”, argumentou.

Celso Kramer (PTB), lembrou que, na legislatura passada, o assunto acabou ganhando muitas proporções e pediu ao presidente da Câmara, Telmo Kist, que se chegue a um ‘meio termoÂ’. “Acredito que a quarta série é baixa, mas tem assessor no interior, que não tem grau de estudo. Eu, por exemplo, tenho a sexta série e sou vereador. Além disso, tem assessor que pode ter mais conhecimento que alguém formado.”

O petista Vilson Gauer defendeu a escolaridade, afirmando a importância de servidores estarem preparados para prestarem um bom serviço público. João Stahl (DEM) destacou que hoje qualquer cargo público exige no mínimo ensino médio.

Arnildo Camara (PTB), mesmo sendo da bancada de oposição, defendeu o estudo, mas compartilhou a ideia do colega Kramer, de atender assessores do interior. “Fico sentido, mas sou favorável.”