Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateNa sexta, a Folha recebeu a visita de Mauro João Calliari, diretor da Direção Central do Cpers; Ana Kuphal e Magaly Kernbeis, representantes dos aposentados do 18º núcleo do Cpers e tesoureira da direção estadual, Ida Irma Dettmer
Na sexta, a Folha recebeu a visita de Mauro João Calliari, diretor da Direção Central do Cpers; Ana Kuphal e Magaly Kernbeis, representantes dos aposentados do 18º núcleo do Cpers e tesoureira da direção estadual, Ida Irma Dettmer

No dia 29 deste mês, as escolas estaduais estão convidadas a realizar uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers). Na data, a previsão é de que nenhuma escola esteja aberta e que os professores e representantes do Cpers se dirijam a Porto Alegre para a realização de um ato público em prol da educação.

Na manhã de sexta-feira, a Folha do Mate recebeu a visita de alguns dos representantes do núcleo do Cpers de Santa Cruz do Sul para esclarecer como será realizada a mobilização. A paralisação das escolas no dia 29, por exemplo, já estava confirmada desde 22 de janeiro. Conforme a tesoureira da direção estadual do Cpers, Ida Irma Dettmer, em Porto Alegre, os profissionais devem partir do Largo Glênio Peres ainda na parte da manhã. A concentração ocorre às 13h30min no Palácio Piratini, onde serão realizados um ato público e uma aula cidadã. Durante a aula, o Cpers irá trazer uma representação de São Paulo e de Goiás para falar sobre as políticas neoliberais implantadas nesses estados e as lutas que os trabalhadores têm realizado. “A paralisação ocorre no primeiro dia de aula, em todos os estados das entidades afiliadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)”, esclarece Ida.

Segundo ela, o dia será de luta pela educação pública e pela defesa de direitos dos trabalhadores. Além disso, o ato ocorre como forma de mostrar que não está aprovada a forma como o Governo trata o funcionalismo público.A expectativa é de que estejam reunidos cerca de quatro mil pessoas. Na oportunidade, também estarão presentes sindicatos de outros servidores, como da Polícia Civil e Brigada Militar, mas estes não irão paralisar nesse dia.

DIFICULDADESSegundo a tesoureira, as escolas não são obrigadas a aderirem a paralisação. Caso ela seja feita, os professores estão convidados a participarem do ato que ocorre em Porto Alegre, mas, para isso, é necessário que seja feita uma inscrição junto ao núcleo do Cpers, em Santa Cruz do Sul.

Ida acrescenta que o Núcleo também tem a oportunidade de levar uma representação da comunidade escolar. “Nós queremos que os pais e os alunos participem dessa mobilização, porque a perda que ocorre no Estado, não é apenas uma perda salarial dos professores”, conta. Na opinião da profissional, o que está difícil, é o fato do Governo do Estado aumentar o número de horas aula nas escolas: “Isso desequilibrou toda a organização que as escolas tinham.”

De acordo com ela, devido à junção de turmas que irá ocorrer, como consequência, crescerá o número de alunos em uma sala de aula o que, de certa forma, interfere no trabalho do professor. Deste modo, para ela, torna-se ainda mais complicado atender toda a demanda de uma só vez.

NACIONAL

Nos dias 15, 16 e 17 de março irá ocorrer uma paralisação nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). No dia 19 será realizada a assembleia geral para definir qual a pauta e o motivo das lutas para este ano.