Família Chemin: seis gerações de pilotos de balão no Brasil

Venâncio Aires - No Brasil, é difícil encontrar um família com mais tradição no balonismo do que os Chemin. “Tudo começou com a minha bisavó, que veio da Itália com a cultura de soltar balões de festas juninas, o que não é mais nem permitido” relembra Mauro Chemin, 60 anos, na profissão há 32 anos.

O piloto não esconde o orgulho da trajetória familiar no esporte. Os Chemin, além da relação com a condução dos infláveis, também possui duas empresas no ramo, em Curitiba, onde moram. “O balonismo sempre esteve no nosso DNA, então é algo muito natural para nós”, afirma. O que foi uma tradição até agora não deve parar por aqui. Isso porque os filhos Leandro, Kaio e Lucas todos seguiram na profissão. Além deles, os netos Marcelo, de 18, e Lucca, 15, também já dão os primeiros passos.

“Eu sempre digo que a gente trabalha para que os nossos filhos sejam sempre melhores que nós, para que a gente siga e crescendo. Então ver que eles querem seguir essa tradição na família é muito gratificante, muito bonito. É indescritível ”, exaltou, emocionado.

Neto projeta futuro no Balonismo

Pela segunda vez na Capital do Chimarrão, Mauro participa do 6º Festival de Balonismo de Venâncio Aires junto do neto Lucca. “Sempre que eu posso eu acompanho meu avô. É muito legal ter uma família que tem essa identidade” destaca o garoto.

Ainda na escola, o menino conta que seu objetivo é, quando completar 18 anos, fazer as aulas para tirar a carteira de piloto de balão. Como foi com os seus ascendentes, Lucca também deve fazer os estudos nos Estados Unidos. “Até temos opções aqui no Brasil, mas lá é mais completo. Além disso, é uma ótima experiência, porque também desenvolvemos nosso inglês”, adiciona.

O jovem diz que não consegue escolher um aspecto que mais o encante no balonismo: “É meio a meio entre a parte de pilotar e montar. A tecnologia é que mais me deixa animado.”

Maior balão do Festival de Balonismo

Os Chemin também se destacam nessa edição do Festival de Balonismo porque têm o maior inflável do evento: o canguru, que tem chamado a atenção de todo o público, em especial as crianças. São 43 metros de altura e 3,6 mil metros cúbicos de ar para preencher todo o balão. Na composição, foram utilizados mais de 3 mil metro de nylon. A família o possui há 15 anos.