As obras das novas capelas velatórias do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), em Venâncio Aires, estão em estágio avançado, com a possibilidade de conclusão no mês de outubro. A informação foi confirmada pelo administrador da casa de saúde, Fernando Siqueira, que detalhou o andamento dos trabalhos durante entrevista à rádio Terra FM 105.1.
Segundo Siqueira, os trabalhos atualmente estão concentrados nos acabamentos e na área externa. “Agora estamos na questão do passeio público e vamos aproveitar para arrumar toda a calçada, que é uma queixa muito grande dos pacientes, com lajes soltas na rua Jacob Becker”, explicou.
O administrador destacou que o projeto é uma parceria com o poder público. “A obra é da Prefeitura, que nos repassou os recursos para que o hospital fizesse a contratação e execução. Tudo o que está sendo feito ali, inclusive a escolha dos mobiliários, é em comum acordo com a Prefeitura”, afirmou.
O mobiliário, que será doado pela família rotária local, está sendo pensado de forma estratégica para prevenir danos em caso de alagamentos, pois a estrutura está localizada em nível abaixo da rua. “A pedido nosso, estão repensando a modalidade dos móveis. Sugeri que pensássemos em móveis suspensos e cadeiras de plástico, para evitar perdas como as que ocorrem com os de madeira, que incham. Eles concordaram e estão reprojetando com base nisso”, disse Siqueira.
Nível da obra
Um dos pontos que mais gerou repercussão na comunidade foi o fato de a nova estrutura ter sido construída em um nível mais baixo que o das ruas Jacob Becker e Visconde do Rio Branco. Siqueira esclareceu que a decisão foi baseada em dois fatores técnicos.
O primeiro visa o futuro do hospital. “A obra da capela foi feita de tal maneira que a laje do telhado dela é absolutamente no mesmo nível do piso do Pronto Atendimento. Ou seja, o PA poderá expandir para cima da capela, como um segundo piso. Esse é um projeto de expansão da nossa emergência que a Prefeitura abraçou”, disse.
O segundo motivo foi a necessidade de investigar a causa das rachaduras na antiga estrutura das capelas. “Quase 90% da resposta era por causa de uma árvore grande que existia ali. Mas havia a possibilidade de ser por alguma vertente de água. Para ter a certeza de que não havia uma nascente no local, o que impediria a obra, foi preciso escavar.
Constatou-se que não havia, então a construção partiu daquele nível”, justificou.
Um sistema de drenagem específico foi construído, para levar toda a água da chuva diretamente para a rede de esgoto, evitando acúmulo de água junto à estrutura.
Saiba mais
- A obra é executada pela empresa Entalp, com recursos na ordem de R$ 965 mil, oriundos da Prefeitura.
- O nome do espaço deve manter a homenagem para Paul Harris, que iniciou o movimento rotário internacional.
- São duas salas de velório, sendo que a maior poderá ser dividida ao meio por um vidro, com acessos individuais.
- O espaço também terá banheiros masculino e feminino, copa e sala para preparação de corpos.
Utilização
- Fernando Siqueira explicou como funcionará a utilização do espaço. Pacientes comprovadamente em situação de vulnerabilidade serão isentos da cobrança de aluguel. No entanto, será instituída uma taxa de manutenção para todos os usuários. “Uma taxa popular para custear a higienização do espaço antes e depois de cada velório”, justificou.
- Para os demais usuários, que não se enquadram nos critérios, haverá a cobrança de aluguel. “Quem não tiver o cadastro, vai ser cobrado sim um aluguel. Exercendo a equidade, como se pagaria em qualquer outro local”, concluiu o administrador.