O gesto de carinho ao segurar a mão do pequeno Joaquim Antoni, com pouco mais de 20 dias, revela o quanto a família esperou por este momento. Depois de ter enfrentado situações difíceis e algumas surpresas desagradáveis durante a gestação do segundo filho, Carla Gollmann, 44 anos, comemora a chegada do Natal, que desta vez será diferente, com a família completa.

O sonho de ter mais um filho sempre esteve nos planos de Carla e do marido Gerson Antoni, 37 anos, pais de Lavínia Antoni, 9 anos. Porém, os anos foram passando, outras prioridades surgiram e a segunda gestação ficou em segundo plano. 

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateGerson, Carla e Lavínia comemoram o primeiro Natal com o pequeno Joaquim
Gerson, Carla e Lavínia comemoram o primeiro Natal com o pequeno Joaquim

Carla sempre soube dos riscos de uma gravidez após os 40 anos, mas, mesmo assim, com o apoio do marido, estava preparada para concretizar este sonho. “Percebemos que estávamos sendo um tanto egoístas ao priorizar outros objetivos”, afirma Carla.

Entretanto, nem tudo aconteceu conforme o planejado. No início de 2018, Carla sofreu um aborto espontâneo e enfrentou momentos muito difíceis. “A gente alimenta aquela expectativa e quando acontece isso, a mãe sempre traz a perda para si. Mas com o apoio do meu marido consegui superar essa situação”, recorda.

Mesmo assim, Carla não desistiu de lutar, na esperança de gerar o segundo filho e realizar o sonho de Lavínia, que também aguardava com ansiedade a chegada de um irmãozinho. A mudança do centro da cidade para a localidade de Vila Santa Emília, em fevereiro, ajudou a família a superar o momento. Logo em seguida, veio a suspeita de uma nova gestação. “O Gerson começou a perceber minha mudança de comportamento ao suspeitar que eu estava grávida, mas deixou que eu descobrisse sozinha e não comentou nada”, afirma. 

Desafios na gestação 

Assim que a gravidez foi confirmada, Carla passou a realizar um acompanhamento médico. “A médica sempre foi muito transparente comigo ao dizer que cada consulta é uma consulta e que eu precisava manter a tranquilidade para não prejudicar o bebê”, conta. 

Apesar de tudo estar ocorrendo dentro do previsto, na 24ª semana de gestação, Carla começou a apresentar sinais pressão alta. “Esse problema não ia interferir no desenvolvimento do Joaquim, mas, sim, no ganho de peso”, relata.

O nascimento do Joaquim foi uma mistura de sentimentos. A gente não sabe se chora ou sorri, é uma sensação que não tem nada igual. Agora estamos com a família completa.”

CARLA GOLLMANNMãe de Lavínia e Joaquim

Com o filho Joaquim nos braços, hoje, Carla lembra a importância do apoio da família em cada desafio durante a gestação, inclusive, quando o parto normal que ela tanto desejava não foi possível. “Meu marido foi o meu alicerce, nos momentos de fraqueza ele sempre estava ali para me apoiar. Os momentos mais difíceis ocorreram quando eu estava internada no hospital à espera que a pressão fosse estabilizada”, considera.

Ao mesmo tempo, Carla se sentia apreensiva com relação ao que aconteceria depois de dar à luz. “Eu tinha muito medo do que poderia vir a acontecer durante o parto. Não estava preocupada com a chegada do Joaquim, mas sim, em como eu estaria para poder recebê-lo, um bebê frágil que ia necessitar dos meus cuidados”, salienta. 

Mistura de emoções

O dia 28 de novembro foi um dos dias mais marcantes na vida da família. Às 19h39min, Joaquim nasceu. Com 47 centímetros e 2,190 quilos, trouxe o brilho no olhar e renovou as esperanças da família, que aguardava muito pelo momento. “O Gerson acompanhou o parto, ele sempre demonstrou ser muito forte, mas neste momento foi impossível conter a emoção, assim como ocorreu no nascimento da nossa primeira filha”, confessa Carla.