Neste sábado, 4, tem a sequência da primeira edição do Festival Alphorria. A programação, segundo Ana Lúcia Landim, começa às 16h, com oficinas de tranças, turbante e pintura e mostras de artesanato e de comidas típicas. A principal atração será a banda 50 Tons de Pretas, de Porto Alegre, que se apresenta por volta das 21h, na sede da organização não governamental Alphorria. A banda da casa também se apresenta, às 18h.
As cantoras e instrumentistas Graziela Pires e Dejeane Arruée estarão na Capital Nacional do Chimarrão para apresentar seu manifesto sonoro de culto à música e à cultura afro. A dupla apresenta músicas autorais e clássicos do samba, de forma a compartilhar suas vivências como mulheres negras na sociedade e no meio artístico. Também traz reflexões sobre a luta antirracista e sobre o poder da ancestralidade e da representatividade.
O show faz parte da turnê ‘Sou preta’, considerada, pela dupla, uma experiência musical e um ato político e de fortalecimento da comunidade negra. Em cada cidade, o projeto convida coletivos ligados ao Movimento Negro a promover a troca de vivências, a união e o protagonismo negro na cultura.
Em 2027, a banda completa dez anos de caminhada e muitos prêmios e indicações. A primeira veio em 2019, com o espetáculo ‘A mais pura verdade’, indicado ao Prêmio Açorianos de Música na categoria Melhor Espetáculo. O álbum de estréia foi ‘Voa’, lançado em 2020 e que trouxe reconhecimento de público e de crítica e o Açorianos em 2021, de Melhor Álbum MPB, melhores intérpretes e melhores compositoras, fato inédito conquistado por duas artistas pretas e um trabalho independente, conforme a assessoria da dupla. No mesmo ano, as Pretas lançaram o EP ‘Então Vem’, premiado em festivais nacionais no Paraná e Minas Gerais.
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O tabalho mais recente é de 2023. O álbum ‘Dengo’ foi contemplado pelo edital Natura Musical.
O Festival
O 1º Festival Alphorria é financiado do projeto Pró-Cultura RS, por meio da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, e realização do Ministério da Cultura e Governo Federal. Objetiva celebrar a resistência e a beleza das tradições afro-brasileiras e reconhecer e valorizar a riqueza da diversidade cultural da Capital Nacional do Chimarrão.
No fim de semana passada, a primeira etapa reuniu jovens e adultos na sede da organização, que trocaram experiências por meios das oficinas, mostras e apresentações do grupo de danças do Brown Movie Studio, da banda Alphorriae do músico Paulo Dionísio & Banda, de Porto Alegre.
O ingresso é gratuito e o encerramento do festsival está agendado para o dia 9. Será um momento de reflexão, com bate-papo sobre visibilidade negra no município, no auditório do Serviço Social do Comércio (Sesc). Coordenado pelo professor Mozart Linhares, terá participação de ativistas da ONG Alphorria, entre os quais a professora Viviane Inês Weschenfelder.
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