Quem tirou a tarde de sábado, 27, para prestigiar a primeira edição do Festival Alphorria Cultura Afro, teve oportunidade de assistir a uma série de shows e manifestações culturais organizados de forma colaborativa, representativas e inclusivas e com objetivo de fortalecer a identidade afro em Venâncio Aires. O evento reuniu jovens e adultos na sede da organização, que trocaram experiências por meios de oficinas, da música e da dança. Uma das coordenadoras da iniciativa, Ana Lúcia Landim, afirmou que a programação fluiu, atendendo as expectativas da insituição.
Uma das surpresas da tarde foi o grupo de danças do Brown Movie Studio, que se apresentou de forma espontânea. Conforme Ana, o professor Lucas Brown é parceiro da instituição e mobilizou seus alunos para prestigiarem e se integrarem ao festival. “Embora não estivesse na programação oficial, a participação foi uma contribuição artística bem-vinda e alinhada com o espírito colaborativo do evento”, avaliou.
A programação começou por volta das 16h, com oficinas de trança, turbante e pintura e mostra de artesanato e de comidas típicas. Após a apresentação surpresa do Brown Movie Studio, o público recebeu a Banda Alphorria, que apresentou covers da música pop nacional e internacional, do samba e rhythm and blues. Na sequencia, tocou Paulo Dionísio & Banda.
Ana lembra que o evento foi só a primeira etapa do festival. Ela convida a comunidade para mais duas etapas do evento. A primeira, será no próximo sábado, 4, com as oficinas e apresentação da Banda Alphorria e das cantoras e instrumentistas Dejeane Arruée e Graziela Pires, da 50 Tons de Pretas de Porto Alegre, na sede da ONG.
O encerramento está agendado para o dia 9. Será um momento de reflexão, com bate-papo sobre visibilidade negra no município, no auditório do Serviço Social do Comércio (Sesc). Coordenado pelo professor Mozart Linhares, terá participação de ativistas da ONG Alphorria, entre os quais a professora Viviane Inês Weschenfelder.
O Festival Alphorria Cultura Afro é financiado do projeto Pró-Cultura RS, por meio da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, e realização do Ministério da Cultura e Governo Federal. Objetiva, não apenas celebrar a resistência e a beleza das tradições afro-brasileiras, mas reconhecer e valorizar a riqueza da diversidade cultural da Capital Nacional do Chimarrão.