Nos últimos meses, filas de agências bancárias que se estendem pelas calçadas têm sido frequentes em Venâncio Aires, por conta das medidas para evitar aglomerações dentro das unidades. A exemplo do que aconteceu em outros dias, nesta semana, na manhã de hoje, 22, a fila da Caixa Econômica Federal começava na frente da agência e seguia até a entrada do Banco do Brasil.
Clientes reclamaram da falta de organização e demora, pois estão esperando em média duas horas na fila, que é formada na rua, com exposição ao sol. Graciele de Matos Melo Severo, 33 anos, ficou na fila das 8h20min até aproximadamente 10h40min. Ela precisava sacar o valor referente ao Programa de Integração Social (PIS), pois o Cartão Cidadão estava vencido e não era possível sacar na lotérica. “Tenho apenas que pegar uma senha para depois sacar na lotérica”, explicou.
Ela lamentou que a fila não tem atendimento preferencial e pessoas idosas, deficientes e gestantes precisam ficar na fila igual todos. “Eu tenho saúde, posso esperar, mas tem pessoas que passam mal aqui, porque é quente. Deveria ter um fila prioritária”, destacou.
Graciele também precisou enfrentar a fila em novembro, para sacar outro valor do fundo de garantia. Ela comenta que, pela internet e aplicativos, é mais difícil, porque as ferramentas não funcionam direito. “É uma falta de respeito com as pessoas, principalmente os idosos, porque é quente, demorado e ainda às vezes atendem mal”, conclui.
RETORNO
Segundo informações da Caixa Econômica Federal, para evitar as filas, a agência disponibiliza canais on-line para atendimento, entre eles o aplicativo Caixa Tem. Também esclarece que a grande fila é devido ao Auxílio Emergencial que terá o último pagamento na quarta-feira, 27.
- Bancos
Nesta manhã, a reportagem passou pelos bancos para conferir as filas. O Banco do Brasil, Sicredi, Santander, Itaú, Bradesco, Unicred, Sicoob e Cresol não apresentavam filas na rua. Já o Banrisul tinha uma pequena fila.
Uma cliente do Banrisul também entrou em contato com a Folha do Mate para questionar a falta de assentos no saguão da agência, onde ficam os caixas eletrônicos. Segundo ela, várias pessoas que esperavam a agência abrir estavam sentadas no chão. “É um absurdo não ter onde sentar enquanto aguarda. Deveria ter pelo menos uma cadeira em respeito às pessoas”, disse a mulher, que tem 79 anos e pediu para não ser identificada.
Colaborou: Juliana Bencke