Era mais uma manhã de sábado, quando o telefone residencial tocou. Maria* atendeu e ao ouvir o ‘alô’ e sem que a outra pessoa se identificasse, tentou dizer quem era. Prontamente, a pessoa que estava do outro lado da linha concordou, se identificando como seu primo. Maria, que por coincidência aguardava seus parentes, ‘embarcou’ na estória e começou a falar da família e da saudade de rever os parentes.

A conversa avançou rapidamente e o ‘primo’ dela disse que justamente estava vindo à cidade para visitá-la. Porém, teve um imprevisto, já que o seu carro estragou. E como não é conhecido, o mecânico disse que consertava o veículo, mas não aceitava cheques. Foi então que o ‘primo’ pediu que ela depositasse uma quantia na conta do mecânico, pois assim que chegasse na cidade, ele sacava o valor e devolvia. Prontamente, Maria depositou o dinheiro, mas o seu primo nunca chegou para devolvê-lo.
Esse golpe, denominado de ‘golpe do primo’ ou ‘golpe do mecânico’ já fez e segue fazendo vítimas. Porém, esta semana um novo golpe chegou ao conhecimento da Polícia Civil. Um homem perdeu mais de R$ 7 mil no ‘golpe do diplomata’. O enredo é diferente dos demais, mas a essência é a mesma, onde a vítima é enganada a ponto de acreditar que vai ganhar dinheiro sem precisar fazer esforço. Além da criatividade, a exemplo de todos os outros, mexe com a ganância das vítimas.
O golpe consiste da seguinte maneira: uma mulher lhe manda convite para ser sua amiga no Facebook. Depois de alguma conversa, ela se apresenta como intermediária de um diplomata, que tem muito dinheiro e quer doar para brasileiros. Na sequência, a vítima recebe contado do ‘diplomata’, via wattsapp, e ele pede um auxílio financeiro para liberar uma encomenda que ficou retida na alfândega.
Nesta etapa do golpe, a vítima de Venâncio depositou R$ 2 mil. Dias depois, o ‘diplomata’ fez novo contato e disse que precisava de mais R$ 5.125 para liberar a sua mala – que estaria com o dinheiro – que ficou retida na alfândega. A vítima fez o depósito, totalizando R$ 7.125, e então se deu conta de que havia sido vítima de um golpe.
ORGANIZADOSTitular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), o delegado Vinícius Lourenço de Assunção ressalta que apesar de todos os alertas a respeito dos crimes de estelionato, cada vez mais recorrentes nos dias de hoje, ainda há pessoas sendo vítimas de golpes das mais diversas modalidades. “A criatividade dos criminosos é grande, e as quadrilhas têm agido de forma organizada e profissional, contando com a participação de um ou mais indivíduos e com a ganância das vítimas”.
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