Em 2015 a Folha do Mate trabalha com a bandeira ‘Ano da Cultura’, por meio da qual pretende incentivar diferentes manifestações artísticas. Como uma das primeiras ações, a empresa jornalística estreou na sexta-feira, dia 30, uma mostra literária sobre Mario Quintana.
Realizada em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), o trabalho destaca a trajetória do poeta e escritor gaúcho. Com textos de Henrique Rodrigues Pinto e ilustrações de Fernando Lindote, a coletânea com 14 peças traz etapas da vida do escritor, falecido em maio de 1994, perto de completar 87 anos de idade.
A exposição teve início no mesmo dia em que a Folha do Mate publicou o caderno ‘Filhos – Volta às aulas’. O material, cuja temática eram os conselhos que os professores dão para o início do ano letivo, também trouxe poemas de Mario Quintana, em um esforço para divulgar esse gênero literário e também a mostra localizada junto ao jornal.
Segundo a diretora comercial da Folha, Paula Carvalho, a Recepção da empresa é um verdadeiro espaço cultural, pois periodicamente há mostras de fotografia, charges, desenhos, dentre outros assuntos. “Quem circula pelo hall de entrada tem um momento para apreciar os trabalhos”, ressalta.
Assim, trazer a mostra Mario Quintana é uma forma de tornar acessível ao público este gênero literário, além de ser uma homenagem ao poeta que tanto contribuiu para o acervo cultural do país.
O poeta
Mario Quintana nasceu em Alegrete, dia 30 de julho de 1906 e, com 20 anos, foi morar em Porto Alegre. Residiu no Hotel Majestic de 1968 a 1980. Publicou mais de 20 livros, sem contar as antologias. O primeiro, aos 34 anos, ‘A Rua dos Cataventos’. O último, em 1990, ‘Velório sem Defunto’. Com ‘Sapato Florido’, ‘Pé de Pilão’, ‘Caderno H’, ‘Esconderijos do tempo’, ‘Lili inventa o mundo’, consagrou-se como poeta do cotidiano e lirismo, e um dos ícones da literatura brasileira.
Poeta, jornalista e tradutor, trabalhou nos jornais ‘O Estado do Rio Grande’ e no Correio do Povo’. Como tradutor, notabilizou-se com a tradução de Proust. Traduziu a literatura europeia, como Giovani Papini, Virginia Woolf, Voltaire, entre outros.
Morreu em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, imortalizado pela Casa de Cultura que leva seu nome e, principalmente, pelo Quarto do Poeta, uma reconstituição fiel com móveis e objetos pessoais do escritor.
Das utopias
Se as coisas são inatingíveis… ora!Não é motivo para não querê-las…Que tristes os caminhos se não foraA mágica presença das estrelas!
Poema de Mario Quintana