O frigorífico Kroth, de Vila Santa Emília, que havia sido interditado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), voltou a funcionar normalmente na tarde de ontem. Haviam sido paralisados determinados setores, máquinas e serviços, por indicarem possíveis riscos à saúde e à integridade física dos funcionários.
“A partir dos apontamentos, as melhorias foram providenciadas e logo após nova vistoria os trabalhos puderam ser retomados. O setor da expedição, por exemplo, já na noite desta segunda-feira funcionou normalmente, mas o abate somente poderá ser retomado na quarta-feira, por uma questão de logística. A maioria dos animais é proveniente da fronteira”, informa o sócio-diretor do frigorífico, Fábio Kroth.
A paralisação das atividades teve a chancela da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia. Já a proposição de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com indenização por dano moral coletivo, foi conduzida pelo MPT.
“Agora passamos a analisar os demais apontamentos do extenso relatório produzido pela força-tarefa. Embora também tivéssemos muitos dos setores elogiados”, destaca Kroth. O frigorífico Kroth abate por dia, em média, 250 animais e emprega 350 trabalhadores nos mais diversos setores e departamentos.
Saiba mais
A força-tarefa dos frigoríficos gaúchos, iniciada em 2014, teve até o momento, 53 operações. Interdições de máquinas e atividades paralisaram 17 plantas em vistorias com participação de auditores-fiscais.
A ação integra o Programa do MPT de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos. O projeto visa a redução das doenças profissionais e de acidentes do trabalho, identificando os problemas e adotando medidas extrajudiciais e judiciais.