Foto: Edemar Etges / Folha do MateGanso sinaleiro é brabo e dócil ao mesmo tempo, pois fica no colo de Marlisa
Ganso sinaleiro é brabo e dócil ao mesmo tempo, pois fica no colo de Marlisa

Os gansos sinaleiros servem para aguada, ornamento da propriedade rural, para segurança, para alarme. O ganso é uma ave aquática semelhante ao pato, mas maior em tamanho e peso. Seus primeiros três dedos são unidos por uma membrana que lhe permite nadar na água. Ele existe há milhares de anos, era criado pelos romanos e por outras culturas europeias e, além disso, considerado um animal sagrado pelos egípcios, já há 4 mil anos. São animais muito dóceis dependendo do sistema de criação.

Ao contrário do que acontece com outras espécies de aves, graças a sua plumagem, o ganso tem grande resistência a doenças e condições climáticas adversas. Esta força física permite que ele seja criado ao ar livre durante todo o ano e, além disso, não precisa de muitos cuidados.Existem três tipos de ganso sinaleiro: o branco com bico amarelo, sinaleiro pardo, muito confundido com o ganso africano; e, o ganso africano, que tem barbela, é mais difícil de ser encontrado no mercado sendo mais raro. A alimentação, quando pequenos, é a mesma ração utilizada no trato das galinhas, e quando adultos, a base do alimento é o pasto verde e milho.

COMPANHEIRO LEAL

Uma das características do ganso que hoje se encontra um pouco esquecida, mas que já foi de grande popularidade e uso no passado, é seu alto grau de lealdade, tanto com os seus criadores como com outros gansos.

Curiosamente, um ganso é tão fácil de ser adestrado quanto um cão e, também, tem um sentido de olfato muito eficiente. Rapidamente se acostuma ao homem e é muito útil para ele. É curioso seu comportamento escandaloso ante a chegada de estranhos ao seu território.

Por ser um animal companheiro e para ajudar na segurança, há mais de dez anos, o casal Marlisa Etz e Elonir Schuller, morador de Linha Tangerinas, vem criando gansos sinaleiros e hoje conta com dois casais, além de alguns filhotes. “São muito úteis e alertas pois, assim que qualquer pessoa estranha se aproxima, fazem muito barulho e, além disso, são muito brabos e já aconteceu de atacarem pessoas”, comenta Marlisa. Ela conta que não deixa o plantel aumentar pois, como reside à beira da estrada, ela tem medo que as aves ataquem as pessoas, principalmente, ciclistas e motociclistas.

Pelo fato de não querer ter mais exemplares na propriedade, Marlisa consome uma parte dos ovos e o restante distribui para os vizinhos ou pessoas interessadas. E, como é um animal de fácil adestramento, os exemplares ficam soltos na propriedade e a alimentação consiste em milho e pasto verde, pois eles passam o dia percorrendo as lavouras.