Em setembro de 2018, a Alliance One International passou a contar com nova estrutura organizacional, para atender a outras linhas de mercado. Com a alteração, que também incluiu a mudança de nome para Pyxus, a organização passou a atuar como holding e incluir culturas agrícolas além do tabaco.
“Foi um grande movimento que impulsionou a companhia em busca de novas oportunidades de negócio”, define o diretor regional da Alliance One para a América do Sul, Fernando Limberger, ao lembrar que a iniciativa de transformação começou cerca de dois anos antes do anúncio oficial da Pyxus.
No Brasil, o tabaco segue sendo o único ramo de negócio da Pyxus, por meio da Alliance One. A empresa conta com unidade de compra e processamento de tabaco, parque logístico e centro administrativo em Venâncio Aires.
Segundo Limberger, a proposta da companhia de atuar com novas culturas agrícolas já tem fortalecido o trabalho com o tabaco, inclusive, porque a diversificação sempre foi uma bandeira da Alliance One. “Incentivamos a administração de outras culturas nas propriedades rurais integradas à empresa. Quando visitamos produtores, notamos que aqueles que são mais receptivos a mudanças, normalmente, também são diversificados e investem em outras culturas e atividades comerciais, desenvolvem-se enquanto empreendedores rurais e gestores de suas propriedades. Buscam capacitação e respeitam os preceitos das boas práticas agrícolas.”
O diretor regional para a América do Sul também observa que, além de ser o principal exportador mundial de tabaco, o Brasil é reconhecido pela sustentabilidade da cadeia produtiva, fornecendo um produto de qualidade e integridade. “A agricultura familiar é caracterizada por esse diferencial de cuidado e dedicação com suas atividades, com diversificação.”
OUTRAS CULTURAS
Em outros países, a Pyxus conta com outras empresas e produtos, como os e-liquids, canabidiol e cannabis industrial, além do mercado legal de cannabis em países onde há legislação para a atividade.
CBT: modelo diferenciado de gestão, com foco no mercado chinês
Responsável por 17,36% do índice de retorno de ICMS do município, a China Brasil Tabacos (CBT) lidera, pela primeira vez, o ranking das maiores empresas de Venâncio Aires. Joint venture formada a partir da união da China Tabaco Internacional do Brasil (CTIB) e da Alliance One Brasil (AOB), em janeiro de 2012, a CBT tem como principal objetivo produzir tabaco de qualidade superior, atendendo as exigências e os requisitos do mercado chinês. A empresa é a primeira joint venture chinesa na área de tabaco em folha, fora do território chinês.
Atualmente, conta com cerca de 13 mil produtores, aos quais garante assistência técnica e a compra da produção contratada. O processamento do tabaco ocorre de forma terceirizada, na fábrica da Alliance One Brasil, também localizada em Venâncio Aires.
Após o processamento, a China Brasil Tabacos é a responsável pela exportação do tabaco, utilizado como matéria-prima para as fábricas de cigarro. Entre efetivos e temporários, por safra, cerca de 350 empregados integram a equipe da CBT.


Esta matéria integra o Perfil Socioeconômico de Venâncio Aires e microrregião 2019.
LEIA MAIS:Mais de 60% da economia de Venâncio Aires estão na indústria
Indústria do tabaco: o setor mais forte da economia de Venâncio Aires