O ataque cibernético contra o Tribunal de Justiça (TJRS), registrado na madrugada da quarta-feira, 28, tornou indisponíveis os sistemas de informática do tribunal e adiou a reabertura dos Fóruns, que estava agendada para a tarde daquele dia. Com isso, o Poder Judiciário segue com as portas fechadas, com dificuldades ainda maiores que as existentes desde o começo da pandemia. Segundo a assessoria do TJ, os sistemas eProc, eThemis, SEEU e SEI não foram afetados.
Em entrevista ao ‘Terra em Uma Hora’, o advogado Marcos Joaquim Thiel lamentou o ataque cibernético e ressaltou que isso trará ainda mais prejuízos à classe. “Não há como dimensionar este prejuízo. Ainda mais que a maioria dos processos estaduais são físicos e estão totalmente parados desde que entrou a bandeira preta”, explicou, citando as dificuldades de alguns advogados por não existir o atendimento presencial no Fórum.
Thiel, que é o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Venâncio Aires, observou que a principal preocupação com o ataque hacker é a perda dos dados e até de processos já digitalizados no sistema. Por isso, os servidores foram orientados a não acessar serviços digitais e os prazos processuais foram suspensos.
Desta forma, o Fórum de Venâncio Aires, assim como todos os outros do Estado, seguem fechados, sem atendimento presencial, e os processos com prazos, físicos e eletrônicos, parados. “Não há como trabalhar nestes termos”, cita Thiel.
Ele explicou que devido as limitações impostas pela pandemia, a sede da subseção que funcionava no prédio do Fórum, foi transferida para a sede da subseção, localizada na sala 45 do prédio nº 1152 da rua Voluntários da Pátria, no centro da cidade. O atendimento é feito das 13h às 17h, mas o importante, ressalta o presidente, é agendar o horário.