Quase 30 pessoas, entre moradores, lideranças políticas e empresários se inscreveram para apresentar pontos que consideram prioritários para o projeto de concessão da RSC-453. As pautas foram explanadas oralmente e por escrito durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Venâncio Aires na tarde desta sexta-feira, 24.
O evento, presidido pelo secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, também serviu para a apresentação do projeto de concessão das rodovias gaúchas que integram o Bloco 2, da qual a RSC-453 faz parte. O representante do Governo do Estado informou sobre o cronograma de obras previstas, a atenção especial que será dada aos projetos que envolvem resiliência climática e a instalação de pedágio no modelo free flow.
Outros encontros nesse formato foram realizados na Universidade de Passo Fundo (UPF), na quinta-feira, 23, e na Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado, na manhã desta sexta-feira, 24. “A avaliação das audiências que fizemos ontem e hoje [quinta e sexta-feira] é muito positiva. Tivemos uma grande participação nas três, com expressiva representatividade da comunidade, de empresários e de lideranças políticas. Para mim, é muito claro que as obras são muito importantes”, ressaltou Capeluppi, ao avaliar esse ciclo dos três primeiros encontros abertos à população.
O secretário também enfatizou que há discussões que precisam ser feitas, sobre adequações em algumas obras e intervenções pontuais, e que é esse o momento de realizá-las. “Claro que existe uma discussão e uma preocupação em relação à tarifa de pedágio, mas vejo como muito positivo esse processo e tenho convicção de que avançaremos para chegar ao nosso objetivo, que é comum”, enfatizou.
Mais diálogo
De forma geral, as pessoas que se manifestaram cobraram do Estado maior diálogo a respeito do projeto de concessão, afirmando que apenas três audiências públicas são insuficientes para debater as intervenções previstas na RSC-453. Também se cobrou mais clareza sobre as obras que devem ser realizadas e houve reclamações sobre o horário da audiência e o período do ano, no qual muitas pessoas estão de férias e por ser durante a tarde inviabiliza a participação de quem trabalha.
Em relação a isso, Capeluppi ressaltou que a intenção é ampliar o diálogo com lideranças e a comunidade e que essas três primeiras audiências foram momentos para apresentar o projeto, colher as primeiras impressões e começar o trabalho em cima das demandas apresentadas.
“Precisando mais tempo vamos expandir. Nosso objetivo é mostrar para a população, discutir e encaminhar soluções que atendam a todos. Evidente que estamos falando em três audiências, mas esse trabalho de consulta à comunidade e conversas vêm sendo feito há bastante tempo”, informou. Ele também relatou que está realizando diversos encontros com lideranças comunitárias e com as prefeituras para entender quais são as necessidades e que “isso aprimora muito o projeto.” Outro tema muito discutido foi foi a instalação do pedágio no modelo free flow.