Imagine uma Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), com carros estacionados desde o pórtico da cidade até próximo ao Clube CTA. Isso aconteceu na primeira edição, em 1986, e todo o movimento passou na frente da casa de Selmo e Bronilda Gronwaldt. “Foi a maior festa. Nunca mais vi tanto movimento e tanta gente. Tinha carro nas lavouras de milho e fumo”, lembra o aposentado, apontando para a região onde hoje está localizado um posto de combustíveis.
O casal mora há 45 anos na esquina do Acesso Leopoldina com a rua Pedro Abott Romero e acompanhou toda a evolução da região. Bronilda ainda mais, já que foi morar por lá aos 12 anos, depois que a família trocou Boqueirão do Leão por Venâncio Aires. Aos 75 anos, é a filha mais velha do casal Pedro e Cacilda Eisermann, que teve 12 filhos. É por causa deles e da distribuição de terras entre os herdeiros, que os arredores onde construíram a primeira casa ficou conhecido como Loteamento Eisermann, no bairro Leopoldina.
“Era tudo campo e tinha apenas um corredor [paralelo à futura ERS-244] que terminava na antiga escola. Só passava boi e carroça”, lembra a dona de casa aposentada. Segundo ela, a principal entrada da cidade era a ‘estrada velha para Santa Cruz’, trecho que vai da rua Armando Ruschel até Vila Arlindo.
Depois, o Acesso foi asfaltado, em 1974, e a via virou a principal entrada do município. O casal relata que o movimento ainda impressiona, mas não incomoda. Já presenciaram muitos acidentes, que diminuíram, segundo eles, após a instalação dos quebra-molas.
Mais recentemente, também viram a construção do caminhódromo, que agora faz parte do visual da frente da residência. “Isso aqui cresceu até demais. Se o pessoal que morou aqui antigamente voltasse, nem se acharia”, afirma Selmo, entre risos.
Família
Bronilda casou com Selmo José Gronwaldt, hoje com 78 anos, seu conterrâneo – ambos nasceram no interior de Passo do Sobrado – e teve seis filhos: Valdir, Eloir, Silvane, Neusa, Marta e Luciane. Todos moram próximos dos pais. A família ainda contabiliza 11 netos e dois bisnetos.
Enquanto Bronilda dedicou a vida ao lar e aos filhos, Selmo trabalhou por anos na Fumossul, onde fez de tudo, “menos no escritório.” Também plantou tabaco, em uma área que começava nos fundos da casa e seguia em direção à futura RSC-453.