Objetivo é reformar o segundo piso da Casa Paroquial, prédio construído no Centro de Venâncio Aires em 1959.
A Paróquia São Sebastião Mártir de Venâncio Aires projeta para 2025 mais uma etapa de reformas na Casa Paroquial, também chamada de Casa Canônica, cujo prédio tem 65 anos. Nos últimos três anos, houve a troca das janelas e do telhado e, agora, o alvo é uma reforma no segundo piso do prédio, onde ficam os quartos dos padres – atualmente moram no local o pároco Roque Hammes e os padres Zeno Graeff e Aldo da Silveira.
Segundo o presidente da Paróquia Católica, Elmo Fengler, no andar superior, o objetivo é realocar três quartos para a parte frontal, que ficarão na mesma disposição do quarto hoje ocupado pelo pároco. “Serão quartos com banheiros individuais e escritórios. É um prédio muito antigo, que precisa de adequações”, explicou Fengler. Para isso, a paróquia vai usar parte do valor do lucro da 149ª Festa de São Sebastião Mártir, que chegou a R$ 343,6 mil. O orçamento para a reforma ainda não está fechado.
Já no primeiro andar da Canônica, por enquanto não há previsão de reformas. No primeiro piso, ficam a sala de convívio, a cozinha e o refeitório dos padres. Também há uma sala de atendimento ao público e a secretaria. Pelo local, passa toda a parte burocrática e financeira das 31 comunidades de Venâncio Aires que integram a Paróquia São Sebastião Mártir. “Somos a maior paróquia da Diocese de Santa Cruz do Sul em dimensão e número de comunidades”, observa Elmo Fengler. Atualmente, trabalham na Casa Paroquial uma zeladora, duas recepcionistas, um estagiário e uma pessoa responsável pelo financeiro.

Telhado e janelas
Em 2024, com cerca de R$ 50 mil, foi feita a troca do telhado do prédio, com a mesma telha da Igreja Matriz. Já em 2022, foram R$ 120 mil para substituir todas as janelas de madeira (bastante deterioradas pela ação do tempo e cupins). Ambas as obras foram custeadas com parte dos lucros das edições da Festa do Bastião dos respectivos anos.
História da Casa Paroquial
De acordo com pesquisas da professora e historiadora Angelita da Rosa no livro tombo da Paróquia São Sebastião Mártir, a primeira Casa Paroquial foi construída em 1909, no mesmo local. Era de madeira e de apenas um piso. Em 9 de março de 1959, após reuniões, foi escolhido como construtor Jacob Vogt, que morava em Santa Cruz do Sul, para executar a obra conforme planta de Plínio Almeida, já aprovada pela Cúria Metropolitana.
Em 1º de abril, começou a demolição da casa de madeira e, com isso, os padres José Haag e Miguel Jungues se hospedaram no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) durante o período da obra. A curiosidade aqui é saber onde foi morar cônego Albino Juchem. É ele quem assina o livro tombo, mas não faz referência sobre o próprio destino.
Em 7 de junho de 1959, houve a bênção do alicerce e da pedra angular da nova casa canônica. Essa data consta numa placa na fachada do prédio. Já em 18 de junho, fundiu-se a chapa de cimento do primeiro andar. Como recompensa e alegria, foi oferecido “um suculento churrasco aos 25 operários que trabalharam na obra.” Em 23 de dezembro de 1959, os padres já puderam se instalar nos quartos da nova casa canônica.