No fim do mês de outubro, o Governo Federal estipulou novas regras para financiamento habitacional por meio do programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida. Desde agosto do ano passado, o programa mudou de nome, mas segue nos mesmos moldes e trâmites necessários para possibilitar às famílias a aquisição da casa própria.
Representantes da Caixa Econômica Federal na Idear Consultoria Imobiliária, Patrícia Göttems, Vanessa de Souza e Tainara Hermes dão todo o suporte para os compradores no momento da consolidação do financiamento, desde a simulação até o encaminhamento para assinatura do contrato com a instituição bancária.
A principal mudança do programa foi no valor máximo do imóvel, que passou de R$ 140 mil para R$ 161 mil. Anteriormente, o valor era padrão e, agora, foi dividido conforme o número de habitantes do município. “Por isso, Venâncio mudou o valor, mas Passo do Sobrado e Mato Leitão, que são aqui perto, por exemplo, permanecem em R$ 140 mil”, ressalta Patrícia. Isso se dá porque a Capital do Chimarrão agora pertence à faixa de municípios com 50 a R$ 100 mil habitantes. Cada faixa ficou com um valor diferenciado.
Outra mudança é a exclusão da necessidade de ter 120 dias de carteira assinada no mesmo local para encaminhar o financiamento. “Com uma folha de pagamento mensal cheia já é possível fazer a solicitação”, diz Patrícia. A taxa de juros também teve redução, passando de 5% para 4,5%, para pessoas com renda de até R$ 2 mil.
Quem tem renda acima de R$ 2 mil, tem o valor da taxa de juros maior, conforme a renda total. “Quanto maior a renda, maior a taxa de juros e menor o subsídio do governo”, complementa ela. O valor máximo de subsídio concedido – que é o valor disponibilizado pelo Governo Federal para beneficiar as famílias – é de até R$ 15.290,00 para Venâncio Aires.
Patrícia e Vanessa afirmam que o aumento do teto dos imóveis é importante, tendo em vista o acréscimo também no preço dos imóveis e custo de obra desde o ano passado. Porém, o incremento no valor não viabiliza alcançar o teto máximo, que é de 80% do valor do imóvel, devido à renda necessária.
Para adquirir um imóvel de R$ 161 mil pelo programa, por exemplo, é necessário que a renda do comprador seja de, no mínimo, R$ 2.650,00. “Foi bom aumentar o valor do teto do imóvel, mas por outro lado as rendas não aumentaram. E, como o comprador pode comprometer até 30% da renda, muitas vezes não se consegue chegar ao valor estipulado e inviabiliza alcançar os 80% de financiamento”, explica Vanessa.
A renda menor não inviabiliza o financiamento em si, mas interfere para alcançar um valor mais alto. “Com uma renda menor, o valor financiado é menor, mas em contrapartida o subsídio do governo é maior”, completa.
Mudanças e agilidade
• O programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida, passou por uma série de mudanças ao longo dos anos. Desde que foi alterado o nome, não tinham sido feitas mudanças e as regras de agora estavam previstas para entrar em vigor em janeiro do próximo ano. “Observamos que em anos anteriores tinha muita interrupção da liberação dos valores. Às vezes, era necessário esperar alguns meses por falta de verba do governo. Nos últimos dois anos não teve isso, deu agilidade aos processos”, ressalta Vanessa.
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