Um bate-papo descontraído e bem-humorado com o poeta cearense e patrono da 22ª Feira do Livro de Venâncio Aires marcou a abertura oficial do evento literário, na noite de quinta-feira, 28. Cerca de mil pessoas prestigiaram a atração, que ocorreu no Ginásio Poliesportivo, do Parque Municipal do Chimarrão.
De acordo com o poeta, voltar a Venâncio Aires como patrono da Feira do Livro traz uma sensação de muita gratidão. “Eu acredito nesta troca de sentimentos que nós podemos e ‘devemos’ ter uns com os outros. E, desde que cheguei aqui, já fui muito bem acolhido e recebido como ser humano e como artista”, destaca o patrono, que esteve em Venâncio Aires, pela primeira vez, em novembro de 2020.
Durante a entrevista, Bráulio Bessa contou como a poesia entrou na sua vida e o que ela representa, falou das experiências e desafios durante a trajetória profissional e do poder que a arte e os livros têm de transformar os seres humanos. “A leitura aproxima, a poesia cura e a arte transforma”, pontua o poeta, que estudava em escola pública e teve o primeiro contato com a poesia, aos 14 anos.
Para ele, a inspiração da poesia vem do sentimento, da sensibilidade e do poder de observação. “Eu queria escrever poesia para gente, daí que surge a gentileza do verso, que não se escolhe para quem escrever”, evidencia o escritor, que desde a infância, já se considerava um poeta. “Minha inspiração é gente, o artista é um prestador de atenção do sentimento alheio e prestar atenção na vida, que é tão viva, é a minha inspiração”, reforça o poeta, que sempre foi ligado às origens e acredita que esta filosofia de vida é essencial para a construção humana.
Bráulio Bessa possui três livros publicados, ‘Poesia com Rapadura’ (2017), ‘Poesia que transforma’ (2018) e ‘Um carinho na alma’ (2019). O escritor já está trabalhando na publicação da quarta obra, que deve ser lançada em breve. Além deste novo projeto, uma série será lançada no Globo Play, que irá documentar o impacto da poesia na vida das pessoas. “Viajamos por dois meses, em vários lugares do Brasil, para documentar a história de 15 pessoas que tiveram as vidas transformadas”, antecipa.
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