Clientela fiel é a marca da Padaria Schuh

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Por Cassiane Rodrigues e Luana Schweikart

Muito mais do que um estabelecimento de venda de produtos, ao longo dos anos, a Padaria Schuh se tornou um local para criar memórias com familiares e amigos. É ponto de encontro de muitas pessoas e, de certa forma, faz parte da vida da população.
A primeira filial da Padaria Schuh foi inaugurada no início da década de 90, e um dos primeiros clientes a frequentar o espaço foi o professor aposentado Nelson Colombelli, 69 anos. Ele residia na área central e ia diariamente o espaço para a compra de itens como pão e leite, principalmente. “Todos os dias comprava dois pães tipo cacetinho e leite. E mais o lanche da pequena, que ela mesmo escolhia”, recorda ele, que é marido de Beatriz e pai de Regina.

A filha era criança na época que a Padaria Schuh passou a ser a ‘segunda casa’ de Colombelli. Inclusive, ele é um dos poucos clientes fiéis que ainda tem ‘ficha’ no estabelecimento, o antigo ‘caderninho’.

Colombelli diz que sempre frequentava a filial da rua Voluntários da Pátria, mas com a abertura na Osvaldo Aranha mudou pela proximidade. Na época, ele, que além de professor aposentado é também advogado, dava aulas na Escola Estadual Monte das Tabocas, onde também foi professor de alguns dos ‘meninos’, hoje adultos e proprietários da padaria.

Mesmo atualmente com residência fixa no bairro Cidade Alta, não deixa de ir até a filial da Padaria Schuh pelo menos duas vezes na semana. Agora leva mais unidades do pão cacetinho, sempre na embalagem de papel que, segundo ele, “deixa um gosto melhor”. “Venho para pegar o ‘ar’ do Centro, sempre sou bem atendido e conheço a equipe. Nos fins de semana costumo comprar na matriz”, complementa.

Qualidade

Colombelli destaca também a qualidade dos produtos da Padaria Schuh e as inovações, primeiro com o pão em metro e hoje com a variedade de itens disponíveis. “Já experimentei o pão de muitos lugares, mas daqui é o melhor”, garante.

Cliente há quase três décadas, acompanhou as evoluções no espaço, com as reformas e melhorias feitas. “A Padaria Schuh é um exemplo de empreendimento familiar que deu certo. Os filhos começaram a trabalhar cedo e aprenderam com o legado deixado pelos pais”, considera.

Hábito diário

Outro cliente conhecido da padaria é Vinícius Pereira Weingaertner, 57 anos. O supervisor de Recursos Humanos costuma ir na padaria antes do trabalho, todos os dias. “Chego minutos antes da padaria abrir, de manhã cedo, geralmente sou o primeiro cliente do dia e costumo ficar por meia hora”, relata.

O que atrai Weingaertner é a qualidade do café, o atendimento prestativo e a possibilidade de poder ler o jornal todos os dias pela manhã para se atualizar. O que geralmente consome, segundo ele, é um sanduíche de presunto e queijo e o café com leite de todos os dias. Já são em torno de cinco a seis anos de fidelidade. “Gosto daqui porque de manhã cedo é mais calmo e consigo ler com tranquilidade.”

Vinícius Pereira Weingaertner é conhecido pelos funcionários por ser sempre um dos primeiros clientes do dia. (Foto: Luana Schweikart)

Sábado sagrado

Ao longo dos 85 anos da Padaria Schuh, o estabelecimento coleciona clientes satisfeitos e que retornam para a empresa frequentemente. Dentre os tantos consumidores, alguns chamam atenção devido à assiduidade com que visitam a padaria.

Um grupo de amigos é presença certa em todo sábado pela manhã, faça chuva ou faça sol. Veríssimo Braga, 51 anos; Edson Baiard, mais conhecido como Lefa, 51 anos; Francisco Nunes, o Kiko, 65 anos; Fernando Hillesheim, 36 anos; Leonardo Maria, 43 anos; e Marco Gonzatto, 56 anos, são clientes fiéis do Schuh. Uma vez na semana, se reúnem no local para conversar sobre todo tipo de assunto. Os seis integram o ‘café do Schuh nos sábados’, que virou até grupo de WhatsApp. Foi Braga que começou com o hábito e convidou os amigos. “Não tem motivo que nos faça não vir, mesmo que por vezes não venham todos”, afirma Braga.

Já são aproximadamente 8 anos que os homens comparecem no Schuh aos sábados, a partir das 8h. “O café esfria, mas o papo é sempre quente”, brinca Lefa. Segundo o grupo, o que os fez escolher a padaria como ponto de encontro foi o atendimento e o bom relacionamento com os funcionários e proprietários. “Já conhecíamos e nos dávamos bem com o pai dos meninos, o Zé Pedro, e agora continua com eles, os filhos”, afirma Braga.

Sobre o lanche escolhido, é sagrado: o sanduíche de salamito, omelete ou uma torrada, sempre acompanhados do café com leite ou preto. A amizade do grupo envolve a fundação do kartódromo de Venâncio Aires, foi ali, com a paixão comum por karts que todos se conheceram.

Leonardo, Kiko, Fernando, Veríssimo, Lefa e Marco comentam que além de virem todos os sábados pela manhã, sempre sentam na mesma mesa. (Foto: Divulgação)

Sábado é dia de café na padaria

O sábado com café na Padaria Schuh fez parte da infância da jornalista Taís Dörr Fortes, 26 anos. Moradora de Mato Leitão, ia com a mãe, Leonice Dörr de Moraes, 51 anos, para Venâncio Aires aos sábados. “Normalmente vínhamos no chamado ‘sábado gordo’, o primeiro do mês. Não podia faltar o café na padaria”, recorda Taís.

Ela conta que as duas se deslocavam de ônibus até Venâncio Aires e, antes de fazer as outras tarefas, iam até a filial da Padaria Schuh, na rua Osvaldo Aranha. “Posso dizer que a padaria faz parte da minha memória afetiva da infância. Tanto que sempre que eu posso eu costumo ir lá”, acrescenta.

Conforme Leonice, ela e a filha começaram a frequentar a padaria quando Taís tinha cerca de dois anos e o hábito seguiu por pelo menos uns quatro anos. Elas desciam do ônibus na parada próxima ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e iam caminhando até a padaria. “Normalmente íamos só nós duas, mas às vezes encontrávamos algumas colegas de trabalho minhas que nos acompanhavam”, relembra Leonice.

Os itens preferidos de Taís eram pastel de carne e enroladinho. “Minha mãe sempre conta que a gente passava na padaria pra comer alguma coisa, mas eu adorava comer muito, então ficávamos bastante tempo lá”, comenta.

Segundo a jornalista, a qualidade dos produtos oferecidos e o atendimento são os diferenciais do empreendimento. “Acredito que esse seja o segredo de tantos anos de história, ultrapassando gerações.”

Com memórias da infância, Taís frequenta a padaria sempre que pode. (Foto: Marina Mayer)

Cliente fiel

Régis Luís Konrath, empresário do ramo de construção civil em Lajeado, é cliente assíduo da padaria de Lajeado. De segunda a sexta-feira, entre 8h30min e 9h, se encontra com amigos no local para aquele delicioso café e uma conversa boa. Ele diz que é cliente da padaria desde o início das atividades. “É um ambiente agradável, com colaboradores atenciosos e uma variedade de produtos grande. Queremos parabenizar e agradecer por esses 21 anos em Lajeado”, finaliza.

    

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