Jornais, latinhas, garrafa pet, papelão e caixa de leite são exemplos de materiais que podem ser descartados na coleta seletiva (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)
Jornais, latinhas, garrafa pet, papelão e caixa de leite são exemplos de materiais que podem ser descartados na coleta seletiva (Foto: Taís Fortes/Folha do Mate)

Há cerca de um mês, os moradores da cidade e do interior de Mato Leitão passaram a contar com um novo sistema para o recolhimento dos resíduos sólidos. A empresa Transportes Serviços do Vale (TSV), de Progresso, foi a vencedora da licitação e passou a executar o serviço, que agora contempla a coleta seletiva – de materiais recicláveis, como papelão, garrafas pet e alumínio. Além disso, com a mudança, foram ampliados os dias de recolhimento na cidade e no interior.

Segundo a professora de Biologia Andréia Grodt, que mora em Palanque Pequeno, no interior do município de Mato Leitão, a coleta seletiva é importante, principalmente, para o meio ambiente, uma vez que, se ela não for feita, os resíduos não serão descartados de forma correta. “Eles vão para o aterro sanitário, mas levam décadas e às vezes até séculos para se decompor”, observa.

Ela ressalta que, quando a reciclagem é feita, muitos materiais são reaproveitados. “Produzimos muitos resíduos sólidos que podem ser reciclados”, complementa. Além dos benefícios para o meio ambiente, em especial no que diz respeito à poluição, Andréia lembra que a reutilização desses materiais tem impacto no âmbito social, pois pode ser fonte de renda para todos os trabalhadores envolvidos no processo. “A reciclagem é fundamental para o meio ambiente, por causa do tempo que os materiais levam para se decompor. É o descarte consciente”, ressalta.

Andréia também reforça o papel de cada pessoa em relação à preservação ambiental. “As pessoas pensam que, porque não jogam lixo no chão ou quando veem algo assim e colocam na lixeira já estão fazendo a sua parte. Mas não é só isso. O lixo está na nossa casa e, quando sai, ele continua sendo a nossa responsabilidade. Não é só não sujar o chão. Somos responsáveis por essa separação dos resíduos para ajudar o meio ambiente. Precisamos fazer o nosso verdadeiro papel”, destaca.

Foto: Taís Fortes/Folha do Mate

“A maior importância da coleta seletiva é minimizar os impactos no meio ambiente, porque conseguimos aproveitar de outras formas algo que seria descartado.”

ANDRÉIA GRODT – Professora de Biologia

Dicas para separação

De acordo com a professora de Biologia, não é necessário ter em casa as lixeiras separadas por cores para fazer a separação correta dos resíduos. No entanto, ela explica que é importante ter três recipientes diferentes para organizar os materiais. Um deles voltado aos resíduos orgânicos, que podem ser usados em hortas ou em plantas.

Outro espaço para depositar os resíduos da coleta convencional e outro para armazenar os materiais recicláveis (coleta seletiva). Para o lixo reciclável, Andréia comenta que pode ser usado um saco de lixo onde podem ser depositados todos os resíduos sólidos – metais, plástico e papel. O vidro é recomendado que seja colocado em outro recipiente e que ele seja identificado, para não causar nenhum acidente com quem está trabalhando no recolhimento.

Além disso, a professora salienta que é necessário armazenar os materiais limpos e secos, para evitar que eles estraguem. A dica é que, logo após o uso, eles sejam lavados, secos e guardados no local escolhido. “As pessoas acham que é muito trabalhoso, mas com o tempo tu se acostumas e percebes que é rápido. É uma questão de hábito. É algo simples e que não demanda um espaço muito grande”, avalia.

O que pode e o que não pode ser descartado na coleta seletiva

A professora de Biologia Andréia Grodt separou alguns exemplos de resíduos que podem ser descartados na coleta seletiva e outros que não são considerados recicláveis. Confira:

  • Metais: latinhas de cerveja, refrigerante, tampas de garrafa, arame, prego e panelas.
    Não pode: clipes, grampos, esponja de aço e latas de tinta.
  • Plástico: garrafas pet, embalagens de detergentes, sacolas de supermercado, potes, embalagens de óleo comestível, maionese, mangueiras, potes de iogurte e de sorvete, copos descartáveis e brinquedos.
  • Papel: jornal, saco de papel, revista, papelão, papel branco e misto e cadernos.
    Não pode: papel higiênico, guardanapos engordurados, embalagens de salgadinho e biscoito, e fotografias.
  • Vidros: garrafas, potes de conserva, copos, vidros de janelas e frascos em geral.
    Não pode: espelho, refratário (pirex), louças de porcelana ou cerâmica, lâmpadas e ampolas de remédios.

Sobre a coleta

  • Os materiais recicláveis (coleta seletiva) devem ser colocados ao lado da lixeira ou na calçada, somente no dia da coleta.
  • No roteiro urbano, o recolhimento dos materiais recicláveis é feito todas as quintas-feiras.
  • Já no interior, ele é realizado nas quartas-feiras, junto da coleta convencional.
  • Na cidade, ainda há mais dois dias de coleta convencional: na segunda e no sábado.