Os trabalhadores das indústrias do tabaco e alimentação já participam de reuniões para construir a pauta de reivindicações para a negociação salarial 2023/24. O processo é conduzido pela direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) e é o primeiro passo para os reajustes anuais nas datas-bases de cada setor.
O Stifa abrange o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires. Segundo Ricardo Sehn, administrador do sindicato local, para o setor do tabaco já há uma reunião marcada para o dia 8 de novembro com o Sinditabaco (que representa as indústrias), para negociar a pauta da proposta que já foi enviada. A data-base é dezembro. Quanto aos trabalhadores do setor de alimentação, que inclui erva-mate e frigoríficos, a data-base é novembro. “Já se tem a pauta e se aguarda uma data para negociar”, comentou Sehn. Para os trabalhadores do setor avícola, a data-base é maio, portanto, para 2023, já está fechado. Nova negociação, só em 2024.
De acordo com Ricardo Sehn, em Venâncio as decisões abrangem cerca de 5 mil trabalhadores em indústrias fumageiras, entre 900 e 1 mil no setor de alimentação e em torno de 200 no avícola.
Região
Conforme o presidente do Stifa, Gualter Baptista Júnior, que também preside a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias do Fumo e Afins (Fentifumo), a intenção é concluir, até a próxima semana, a primeira etapa, formada pela visita aos trabalhadores nas empresas. “Iniciamos este processo para ouvir o que os trabalhadores esperam e coletar as informações iniciais para começar o processo de negociação. Toda a negociação inicia primeiro com a fala dos trabalhadores.”
A próxima parte já será com as empresas, para o primeiro encontro do processo de construção da negociação. “Depois desta segunda fase surgem as primeiras propostas que, após a rodada de negociação entre sindicato e empresas, vai para a aprovação ou não nas assembleias com os trabalhadores. É importante destacar que, desde o ano passado, o Stifa inovou, tornando esta votação virtual. Cabe às empresas decidirem a adoção ou não desta forma, que torna todo o processo mais eficiente e cômodo ao trabalhador, em substituição ao processo de votação manual dentro da empresa”, destacou Baptista.
*Com informações Assessoria de Imprensa Stifa.