Nesta terça-feira, 13, uma comitiva formada por vereadores, lideranças, moradores e a imprensa de Venâncio Aires estiveram em Porto Alegre, na sede administrativa e no Departamento de Análises Laboratoriais (Deal) da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan)/Aegea para conhecer os locais. Fizeram parte da comitiva o secretário municipal de Governança e Gestão, Tiago Quintana; o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, além do presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Luft, e os vereadores Nelsoir Battisti, Everton Dias e Nilson Lehmen. A ação fez parte do projeto Corsan Portas Abertas, em que a Companhia apresenta suas estruturas e busca se aproximar das comunidades.
Na primeira parada, a comitiva foi recebida pelo gestor de relações institucionais na Região Central, André Finamor e a diretora-presidente da Corsan, Samanta Takimi. Os representantes da empresa de saneamento evidenciaram as mudanças recentes na forma de comunicar e na aproximação da Corsan com a comunidade. “A intenção é nos aproximar dos clientes com uma nova estrutura, mais aberta”, afirma Samanta.
Parte da equipe do laboratório de hidrometria, Helena Bencke, explicou sore os hidrômetros e as características dos equipamentos usados pela Corsan, que seguem padrões do Inmetro e garantem a precisão. Além disso, destacou a importância da substituição dos medidores e a adaptação conforme a necessidade do cliente. Nos laboratórios, os hidrômetros são testados com taques calibrados e certificados, o que garante a inspeção de lotes e aferição correta. No momento, o laboratório também passa por reformas, em que serão construídos espaços como auditório e museu.
No Centro Operacional Integrado (COI) o coordenador de operações, Rodrigo Thoma, explicou sobre a parte de operações e serviços. No espaço, podem ser visualizados os controladores ativos de cada município tendido pela Corsan, com o controle de parâmetros como pressão, vazão e nível. Reclamações e outros direcionamentos também são feitos no COI, que atende 24 horas. “Aqui temos a visão do que acontece nas cidades e são feitos ajustes de bombeamento conforme os horários.” Atualmente, a Corsan possui cinco poços em Venâncio Aires, além dos reservatórios. Os visitantes puderam visualizar as telas do monitoramento de todo o abastecimento de água em Venâncio Aires.
Em reunião fechada entre vereadores e lideranças, entre eles o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, demandas da comunidade venâncio-airense foram levadas para a Corsan. Entre elas, a estrutura antiga com caixa d’água onde foi instalado o novo reservatório da empresa; uma possibilidade de trabalho em conjunto para esgotamento sanitário nas próximas pavimentações; as ligações de água e esgoto nos novos loteamentos; e a necessidade de novos encanamentos quando for feita a duplicação da RSC-287.
Corsan: Qualidade em análises
A segunda aparada da comitiva foi no Deal, conhecido também como o Laboratório Central de Água, onde são recebidas amostras de 317 municípios atendidos pela Corsan no Estado. É no local que são feitas as análises de potabilidade, agrotóxicos, subprodutos, metais e mais de 200 parâmetros biológicos e complexos, além de análises de bactérias, microbiológicos e protozoários. São 2,5 mil metros quadrados de área.
A partir dos resultados de amostras de água bruta, da rede e tratada, os tratamentos nas estações nos municípios recebem ajustes conforme a necessidade e em caso de alterações, são comunicados imediatamente. O laboratório possui anos de trabalho e no ano passado foram 700 mil análises feitas, neste ano, já são 368.788. Somente em Venâncio em torno de 1 mil análises já feitas. “É qualidade e confiabilidade para melhores resultados e o monitoramento é primordial”, afirma a coordenadora Juliana Frizzo.
É no Deal que também são adquiridos todos os insumos enviados para os municípios atendidos pela Corsan. “É seguido um rigor de qualidade, com padronização no treinamento e nos procedimentos.” No local atuam 38 colaboradores.
“É uma tecnologia de ponta, o laboratório está entre os maiores do país, com profissionais com experiência nas análises e monitoramento, podem ter certeza que aqui tem o mais elevado padrão de qualidade.”
JULIANA FRIZZO
COORDENADORA DO DEAL
Problemas com o abastecimento
Entre os integrantes da comitiva estava o morador de Linha Taquari Mirim, Antônio Valdecir Machado, 59 anos. O agricultor aceitou o convite para ser o representante da localidade, já que ele e os vizinhos passam quase que diariamente, por problemas de abastecimento de água. “São seguidos os rompimentos de canos e quando a água volta são jatos fortes e com barro, isso prejudica.”
Ele comenta que na propriedade tem poço artesiano, mas não é suficiente para o consumo da família, para a criação de animais e a plantação de milho e tabaco. “Muitos vizinhos chegam do trabalho e não têm água para tomar um banho, por estarmos em uma região alta da localidade, o abastecimento é ruim e só normaliza à noite”, completa.
