Como ficarão os valores das tarifas de consumo de água em Mato Leitão neste ano

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O início do ano é, para muitas entidades, um período de reajustes de taxas cobradas pela prestação de serviços. Tradicionalmente isso acontece porque é em janeiro que o valor do salário mínimo, que neste ano é de R$ 1,1 mil, passa a valer. Na lista de serviços que têm alteração do valor está o abastecimento de água. Em Mato Leitão, tanto no perímetro urbano quanto no interior, a temática já começou a ser discutida entre as diretorias das associações hídricas.

No caso da Associação de Abastecimento de Água de Mato Leitão (Asagua), que atendente mais de 900 usuários do perímetro urbano do município, a diretoria definiu que os valores das tarifas de consumo não serão reajustados. Assim, os preços do ano passado seguem valendo neste ano.

Conforme a entidade, a decisão levou em consideração o equilíbrio financeiro da associação e as dificuldades enfrentadas pela população por causa da pandemia do novo coronavírus. A única alteração com o novo salário mínimo foi na taxa de adesão para usuários que se tornaram sócios no modo de parcelamento. “Esse reajuste diz respeito a uma atualização, conforme o valor do salário mínimo”, explica a entidade.

A diretoria da Asagua ressalta que, apesar de que os valores das tarifas de consumo tenham ficado congelados neste ano, a comunidade deve estar atenta para o uso racional da água, principalmente em períodos de estiagem.

A reportagem não conseguiu contato com as associações hídricas de Sampaio Baixo e da localidade de Boa Esperança Alta.

Tarifas da Asagua

  • Terreno baldio – R$ 4
  • Residencial 1 – R$ 22 (9m³)
  • Residencial 2 – R$ 23,75 (12m³)
  • Residencial 3 – R$ 26,65 (15m³)
  • Comercial 1 – R$ 26,65 (10m³)
  • Comercial 2 – R$ 52,65 (20m³)
  • Industrial 1 – R$ 52,65 (20m³)
  • Industrial 2 – R$ 86 (30m³)

Associações do interior

No interior da Cidade das Orquídeas, seis associações hídricas são responsáveis pelo abastecimento de água dos moradores. Na entidade de Vila Arroio Bonito, que conta com 223 associados, o reajuste da tarifa de consumo ainda não foi debatido. Segundo o presidente da Associação Hídrica São José, Gilnei Lenhardt, o tema será discutido no fim de fevereiro, quando também será feita a eleição da nova diretoria. Atualmente, a taxa cobrada pela entidade é de R$ 25 para um consumo de até 10 mil litros mensais. Caso ultrapasse esse limite, um valor extra é cobrado.

Assim como a diretoria da Asagua, a da Associação Hídrica Santo Antônio também decidiu que não haverá reajuste na tarifa de consumo. De acordo com o tesoureiro da associação, Paulo Picoli, entre os pontos levados em consideração para a tomada da decisão está a saúde financeira da entidade. O valor atual pago pelos 364 sócios ativos é de R$ 25 para um consumo de até 10 mil litros de água. Ultrapassando esse limite, há valores extras que devem ser pagos.

No caso da Associação Hídrica Duque de Caxias, em 20 de fevereiro, ocorrerá a eleição da nova diretoria da entidade e a partir disso o assunto será discutido. Entretanto, conforme a secretária da associação, Lizane Lorenzen, a previsão é que não haja mudança na taxa cobrada neste ano. “Entendemos a situação de todos. Em função da pandemia e da queima da Beira Rio muitos perderam o emprego”, observa. Os 510 usuários da rede hídrica pagam R$ 30 para um consumo de até 12 mil litros de água, com cobrança extra em caso de esse limite ser ultrapassado.

Nos próximos dias, a diretoria da associação de Sampaio também deve debater o reajuste da tarifa de consumo. Segundo o responsável pelas cobranças das contas de água e pela manutenção da rede hídrica, Rodrigo Mahle, o reajuste da tarifa será decidido durante esse encontro. Os 45 sócios da associação pagam R$ 10 para um consumo de até 15 mil litros de água. Se passar desse limite não é cobrado valor extra.
A reportagem não conseguiu contato com as associações hídricas de Sampaio Baixo e da localidade de Boa Esperança Alta.

Para se associar

  • Asagua – Como se trata de uma associação particular, o usuário precisa fazer o pagamento de quatro salários mínimos, dos quais um deve ser quitado à vista e os outros três podem ser parcelados em até 60 vezes.
  • Sampaio – A taxa atual de adesão é de seis salários mínimos. Por causa do aumento do salário mínimo deve haver uma baixa no valor cobrado. O assunto será discutido nos próximos dias.
  • São José (Arroio Bonito) – Filhos de sócios precisam pagar um salário mínimo e das demais pessoas são cobrados dois salários mínimos.
  • Duque de Caxias – Para entrar de sócio tem uma cobrança de dois salários mínimos e meio.
  • Santo Antônio – Para pagamento à vista, são cobrados dois salários mínimos, e para parcelado, três salários. O valor mínimo da parcela é de R$ 50.


Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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