Andamento e critérios do programa federal Compra Assistida têm gerado dúvidas e preocupação em Venâncio Aires.
Será realizada na próxima quarta-feira, 20, uma audiência pública em Venâncio Aires sobre o Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução, na modalidade Compra Assistida, da Caixa Econômica Federal. O programa é voltado a moradores em áreas de risco que tiveram as casas destruídas ou interditadas permanentemente após a enchente de maio de 2024 e que, desde então, tem gerado dúvidas e preocupação para aqueles que ainda esperam ser contemplados.
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Para discutir, avaliar e prestar esclarecimentos à população sobre o andamento, critérios e impactos do programa federal, foi proposta essa audiência pública, sugerida pela vereadora Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos). É ela quem preside a Frente Parlamentar de Acompanhamento do Programa Compra Assistida no Legislativo. “O objetivo é monitorar o Compra Assistida porque a gente sabe que todos perdem com isso. O Município está pagando o aluguel social para as famílias que foram atingidas, um recurso que sai do caixa da Prefeitura e que poderia estar sendo investido em outras políticas públicas. O Compra Assistida não está evoluindo como deveria, então espero que a audiência seja um ato de observação, de resultados e não um momento de politicagem. A gente não quer promessas. Quer resultados e tirar essas pessoas do aluguel”, afirmou Claidir.
O encontro na quarta-feira começa às 19h30min, no Legislativo. Serão convidados a participar da audiência representantes da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Social, Ministério Público, Defensoria Pública, Caixa Econômica Federal, associações de moradores, além de famílias beneficiadas pelo programa.
Números do Compra Assistida em Venâncio
Segundo a secretária de Habitação e Desenvolvimento Social, Camilla Capelão, até quinta-feira, 14, a Caixa Federal convocou 110 nomes em Venâncio para o Compra Assistida. Desse total, 76 foram para a zona urbana (imóvel de R$ 200 mil), 10 para a zona urbana faixa 3 (R$ 40 mil) e 24 para a zona rural (R$ 86 mil). Dos 110 convocados, 31 já assinaram os contratos e os outros estão em andamento. Vale lembrar que o município teve aprovadas 341 unidades habitacionais.
Ainda conforme Camilla Capelão, 181 famílias seguem no aluguel social. Os contratos encerram em novembro, mas, de acordo com a secretária, ninguém ficará desassistido e o Município já trabalha na prorrogação dos prazos do aluguel social.
