Enquanto aguardam por um novo dono, gatos, cães e outros pets têm um lar para chamar de seu de forma temporária: o Centro Transitório Animal (CT Animal). Localizado na área da antiga Fundação Ambiental de Venâncio Aires (Favan), em Linha Ponte Queimada, o espaço conta com seis canis, um gatil, maternidades canina e felina, ala para animais silvestres, isolamento, administrativo, almoxarifado, cozinha, higienização e ambulatório.
Atualmente, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal (Semma), 77 animais são atendidos no local. A média, no entanto, é de 70 animais, principalmente por conta de fêmeas abandonadas com filhotes pequenos ou ainda em gestação. No local, que é fechado e restrito apenas à equipe especializada, formada por seis profissionais, eles recebem cuidados enquanto não estão aptos para serem colocados para adoção.
Como funciona o CT Animal
Por ser um centro transitório, o objetivo da Semma é que os animais fiquem o menor tempo possível no espaço. Titular da secretaria, Gustavo Von Helden explica que a análise é caso a caso e não há um tempo estimado de atendimento. “O animal fica até estar pronto para um novo lar”, comenta.
Ele reitera que não é qualquer animal que vai para o CT. Primeiro é feita uma triagem para identificar o tutor, a condição clínica do pet e a possibilidade de ser cuidado por lares temporários, organizações não governamentais (ONGs) ou cuidadores. “Acolhemos o animal e tentamos a identificação do tutor para a devolução. Não sendo possível, esse animal fica sob responsabilidade da Prefeitura, é castrado, microchipado e passa a fazer parte do rol de animais aptos à adoção”, destaca. As adoções são realizadas em feiras de adoção, desenvolvidas pelas ONGs parceiras.
Caso seja identificado o tutor responsável pelo abandono, este passa por um processo de responsabilização administrativa e judicial. “Temos uma dificuldade de adoção de animais adultos, pois as pessoas, na maioria das vezes, querem filhotes, e no CT existem muitos animais mais velhos”, diz.
Responsável técnico no CT Animal
Em abril, a Prefeitura de Venâncio Aires, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal, anunciou a contratação de um profissional para atuar como responsável técnico do CT Animal. A medida busca otimizar os recursos técnicos disponíveis e garantir um atendimento ainda mais qualificado às demandas de saúde e bem-estar animal no município.
Eduardo da Silva Cunha é médico veterinário e já realiza atividades no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), junto à Secretaria de Desenvolvimento Rural. Com formação e experiência nas áreas de inspeção, sanidade animal e políticas públicas, o profissional atua no município desenvolvendo um trabalho com a segurança alimentar e a qualidade dos produtos de origem animal, principalmente em abate e de agroindústrias. Agora, ele também será o responsável técnico pelo acompanhamento dos procedimentos, protocolos sanitários e bem-estar dos animais acolhidos temporariamente no CT.
Além da atuação direta no cuidado aos animais, o responsável técnico também contribuirá na organização de feiras de adoção, ações de castração, controle populacional e orientações à comunidade sobre guarda responsável.
80 – animais é a capacidade projetada do CT. São 50 caninos, 20 felinos e 10 equinos, em espaços adaptados para cada espécie.
Relembre
• A obra foi realizada a partir de emenda parlamentar do deputado federal Heitor Schuch (PSB), no valor de R$ 378,4 mil e, posteriormente, com o repasse de R$ 250 mil do deputado federal Carlos Gomes (Republicanos) para equipar o local. A Invicta Construtora foi a responsável pela obra.