Para marcar o Dia do Amigo, comemorado no dia 20 de julho, e o retorno dos jogos do Gre-Nal na televisão, um grupo de amigos se reuniu para proporcionar um momento diferente ao colega de futebol Márcio Hinterholz, 47 anos. No ano de 2004, o jogador ‘fanático pelo Internacional’ foi atingido por um raio enquanto jogava futebol com os amigos, na quadra da Escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas. Desde aquela época, ficou com sequelas, em decorrência do acidente.
Com o objetivo de proporcionar alegria ao ex-colega de time, os amigos de Márcio o acompanharam até o Colégio Professor José de Oliveira Castilhos (Coopeva), na quarta-feira, 22, para retornar às quadras e fazer o que mais gosta: jogar futebol.
Devido às limitações motoras, ele recebeu o auxílio de um dos amigos para chutar a bola e sentir novamente a vibração e a energia positiva dos colegas ao ouvir o ‘grito de gol’ da equipe. Segundo o responsável pela iniciativa, Silvano Gilberto Loebens, a ideia foi tirar Márcio de casa para interagir com o grupo. “Somos amigos dele e queremos proporcionar um dia diferente, para que ele renove as energias e se distraia”, afirma Loebens, salientando que Márcio sempre foi ativo nas festas e jogos de futebol, antes do acidente.
Conforme o irmão de Márcio, Éverton Luís Hinterholz, enquanto há vida é preciso manter a alegria de viver. Ele explica que, desde que ocorreu o episódio, Márcio convive com limitações motoras. “Ele possui dificuldades para se comunicar e caminhar, mas mantém a cognição preservada e ainda é fã do Internacional”, comenta o irmão.
Relembre o caso
Em fevereiro de 2004, Márcio Hinterholz foi convidado pelos amigos para jogar uma partida de futebol, na quadra da escola Estadual de Ensino Médio Monte das Tabocas. De acordo com o irmão do jogador, Éverton Luís Hinterholz, o clima estava agradável mas, durante o jogo, o tempo mudou e começou a chover. Mesmo assim, os jogadores permaneceram em quadra.
Minutos depois, Márcio foi atingindo por um raio e ficou desmaiado no chão. Após o episódio, ele foi encaminhado ao hospital de Santa Cruz do Sul, já que, naquela época não havia Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital São Sebastião Mártir (HSSM).
Segundo o irmão da vítima, Márcio ficou em coma durante 30 dias. Desde aquela época, ele convive com as sequelas deixadas pelo acidente e precisa de apoio de outras pessoas para se locomover. Mesmo com os problemas motores e neurológicos, ele possui consciência e mantém a admiração pelo futebol.