O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, recebeu nesta quarta-feira, 27, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, o prefeito de Arroio do Tigre, Marciano Ravanello, e o vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marco Antônio Dornelles, para tratar sobre a Abertura Oficial da Colheita de Tabaco no estado gaúcho.
Em 2019, a programação será realizada no dia 13 de dezembro, em Arroio do Tigre, na propriedade de Jeferson Stertz, em Linha Paleta. Em sua terceira edição, o evento é uma promoção do governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e com apoio do SindiTabaco e da Afubra.
“Tenho grande respeito aos produtores de tabaco e é importante valorizar essa cultura que tem esta condição de gerar renda de forma tão relevante para a economia do nosso Estado. Estamos falando de agricultura familiar e de boas condições de retorno financeiro para os produtores a partir do tabaco. As políticas que um governo possa ter em redução de consumo são uma coisa; mas jamais transformar o cultivo em um problema, pelo contrário.
É preciso entender que há demanda e não criar entraves. Da nossa parte terão sempre apoio e prestígio, vamos trabalhar juntos pela geração de renda e melhor aproveitamento para o Estado”, comentou o governador sobre o papel do tabaco no Estado. Leite comentou ainda que vai tentar estar presente no evento.
Diversas autoridades locais e estaduais deverão se fazer presentes na Abertura da Colheita do Tabaco, produto que é cultivado por 75 mil produtores em 227 municípios gaúchos. Na safra 2018/2019 foram produzidas 312 mil toneladas em 142 mil hectares, gerando R$ 2,9 bilhões de receita aos produtores do Estado.
“O SindiTabaco apoia os eventos desde 2017 por entender que é um momento de destacar a importância econômica e social do tabaco para milhares de produtores e para a economia da Região Sul. O Brasil é, há 26 anos, o maior exportador mundial de tabaco. O Rio Grande do Sul é responsável por grande parte dos embarques e o tabaco representa quase 10% do total exportado no Estado. Manter essa economia ativa é nossa prioridade”, destacou Schünke no encontro.
Esta é a terceira edição do evento. Em 2017, a abertura da colheita foi realizada em Venâncio Aires, na região central do Estado; em 2018, Canguçu, no Sul do Estado, sediou o evento que agora vai para a região da Serra. Venâncio Aires e Canguçu têm grande tradição no cultivo de tabaco do tipo Virgínia; já Arroio do Tigre, localizado na Região Centro-Serra gaúcha, ocupa a 15ª posição entre os municípios brasileiros produtores de tabaco e a 9ª colocação no Rio Grande do Sul, destacando-se no cultivo da variedade Burley. Tendo o tabaco como principal cultura agrícola, o município tem 2.509 produtores que produziram 9.511 toneladas de tabaco na safra 2018/19, cultivando 4.504 hectares.
PRIMEIRA COLHEITA
A ‘primeira’ colheita será do tipo Burley. Os anfitriões do evento, Jeferson Stertz (39 anos) e Simone Catieli Chaves Stertz (33) – pais de Erick, de 11 anos, e Isadora, de 4 anos -, cultivam tabaco Burley há 15 safras. Nas lavouras da propriedade de 60 hectares também há cultivo de aveia e trigo no inverno e de milho (após colheita do tabaco) e soja no verão. Na safra 2019/2020, Jeferson e Simone plantaram 70 mil pés de tabaco Burley com seis galpões de cura, e a safra deverá render em torno de 9 toneladas (600 arrobas). Jeferson conta que produz tabaco por causa da rentabilidade e da assistência técnica dos orientadores. Conforme ele, outra vantagem é a possibilidade de plantar soja e ou milho após a colheita do tabaco.